Um estudo recente realizado no Reino Unido revelou que mais de 7 mil hospitalizações e mortes relacionadas à Covid-19 poderiam ter sido evitadas no verão de 2022 se as pessoas tivessem recebido as doses de reforço da vacina. A pesquisa, conduzida por cientistas da Health Data Research UK (HDR UK) e da Universidade de Edimburgo, analisou os dados de toda a população do Reino Unido, incluindo Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales. O estudo apontou que 7.180 hospitalizações e mortes poderiam ter sido prevenidas se a população tivesse sido totalmente vacinada.
O Reino Unido foi um dos países pioneiros na vacinação contra a Covid-19 e considerado um modelo de sucesso, com uma alta taxa de vacinação na população. No entanto, a adesão às doses de reforço foi menor. Uma análise dos dados do Serviço Nacional de Saúde (NHS) revelou que a imunização com doses extras não teve a mesma adesão que a vacinação inicial. Os cientistas analisaram os dados de todas as pessoas com mais de 5 anos de idade dos quatro países entre junho e setembro de 2022.
O estudo ressalta a importância das doses de reforço para aumentar a proteção contra a Covid-19. Além de fortalecer a resposta imunológica, a terceira dose ajuda a ampliar a quantidade de células de memória e fortalecer os anticorpos produzidos. Isso reduz a probabilidade de ficar doente e também pode ajudar a enfrentar novas variantes do vírus. Especialmente para idosos e pessoas imunossuprimidas, a dose de reforço é crucial para aumentar a efetividade da imunização.
Estudos em larga escala, como este realizado no Reino Unido, são essenciais para a gestão da pandemia e para a implementação de políticas públicas eficientes. A pesquisa destacou que a adesão às doses de reforço da vacina poderia ter evitado um número significativo de hospitalizações e mortes. Portanto, é fundamental que as pessoas sigam as recomendações e recebam todas as doses necessárias para uma proteção completa contra a Covid-19.
Um estudo realizado no Reino Unido mostrou que receber uma dose de reforço de uma vacina de laboratório diferente da inicial pode aumentar significativamente os níveis de anticorpos. Pessoas que receberam duas doses da vacina AstraZeneca tiveram um aumento de 30 vezes nos níveis de anticorpos com o reforço da vacina da Moderna, e um aumento de 25 vezes com o reforço da vacina Pfizer.
A reação à dose de reforço é geralmente semelhante às doses anteriores, causando sintomas leves a moderados, como fadiga e dor no local da injeção. Além disso, também foram relatados sintomas como vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea.
Vale ressaltar que o objetivo principal de receber três doses da vacina contra a Covid-19 é reduzir os casos graves e as hospitalizações. No entanto, muitas pessoas ainda não completaram todas as doses para as quais eram elegíveis, especialmente os mais jovens, homens e moradores de áreas remotas.
O estudo destaca a importância das vacinas na prevenção da doença e destaca a necessidade de campanhas de saúde pública adaptadas para comunidades específicas. Pessoas com mais de 75 anos que não receberam todas as doses têm duas vezes mais chances de ter consequências graves da Covid-19 em comparação com aquelas totalmente protegidas.
Em resumo, receber uma dose de reforço de uma vacina diferente da inicial pode aumentar significativamente os níveis de anticorpos. É importante completar todas as doses para a proteção adequada contra a Covid-19, especialmente para indivíduos mais vulneráveis, como os idosos.