O Distrito Federal encerrou o ano de 2023 com o maior número de casos de feminicídio já registrado. Foram 30 mulheres mortas em consequência de sua identidade de gênero, um número preocupante que superou os registros anteriores da Secretaria de Segurança Pública do DF. Em 2012, ainda antes da lei do feminicídio, ocorreram 26 casos e em 2019 o recorde foi de 28 casos. Além disso, 4 mortes de mulheres tipificadas como feminicídio estão ainda em investigação.
Os dados são provenientes da Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios e indicam que em 2023 a taxa de feminicídio atingiu o nível mais alto da história, com 2,04 mortes para cada 100 mil mulheres no DF. Essa taxa superou a de 2019, que era considerada a mais alta até então, com 1,79 mortes para cada 100 mil mulheres. Entre as 34 mulheres mortas, 28 eram mães e 23 tinham entre 18 e 39 anos.
Um dado alarmante mostra que, desde 2015, 62% dos feminicídios ocorridos no DF tiveram como motivação posse e/ou ciúme, seguida pela não aceitação do término do relacionamento. Ao todo, ocorreram 41 casos em que ex-parceiros assassinaram mulheres por causa do término da relação.
Outro aspecto triste é o número de órfãos deixados pelas vítimas de feminicídio. Dos 144 casos registrados, foram deixados 352 órfãos, sendo 223 menores de idade. Recentemente, foi lançado um programa de auxílio financeiro chamado Acolher Eles e Elas, que pagará um salário mínimo para cada órfão com até 18 anos que perdeu a mãe pelo crime de feminicídio.
O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, destacou a importância das denúncias de agressões como forma de prevenir crimes mais graves. Ele afirmou que o objetivo é alcançar o “feminicídio zero” e que estão sendo criados meios para atender rapidamente as mulheres vítimas de violência, como o botão do pânico disponível nas delegacias especializadas.
A situação no Distrito Federal é alarmante e exige ações urgentes para combater e prevenir o feminicídio. É fundamental que a sociedade esteja atenta e denuncie qualquer forma de violência contra mulheres, garantindo assim a proteção e o respeito aos direitos das mulheres.
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