Equipe de defesa de Bolsonaro afirma que o conteúdo do estado de sítio já era familiar

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro afirma que o documento encontrado em seu escritório, na sede de seu partido político, já era alvo de investigação da Polícia Federal. O documento em questão trata da decretação de estado de sítio e operação de garantia da lei e da ordem. Os advogados de Bolsonaro argumentam que essas minutas decretos foram encontradas no celular de um ex-ajudante de ordens do ex-presidente, durante sua prisão.

Segundo a defesa, Bolsonaro solicitou o acesso a essas minutas dos seus advogados para conhecer melhor o conteúdo. Esses documentos teriam sido impressos e permanecido em seu escritório na sede de seu partido político. A defesa reforça que o acesso a esse documento foi autorizado e que Bolsonaro desconhecia sua existência e conteúdo anteriormente.

Em uma delação à Polícia Federal, o ex-ajudante de ordens afirmou que Bolsonaro teve participação direta na redação da minuta de decreto de estado de sítio e operação de garantia da lei e da ordem, juntamente com os comandantes das Forças Armadas. Segundo ele, o ex-presidente teria pedido alterações no documento que previam a prisão de autoridades e a convocação de novas eleições.

A Polícia Federal deflagrou uma operação nesta quinta-feira contra Bolsonaro, ex-ministros e ex-assessores, com o objetivo de investigar uma suposta tentativa de golpe de Estado. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e prisões preventivas. Filipe Martins, ex-assessor da Presidência, também foi preso durante a operação.

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