Especialistas afirmam que, com medidas preventivas, impacto do RS poderia ter sido reduzido.

A recente tragédia causada pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul evidencia a urgência de encontrar estratégias mais eficazes na prevenção de desastres naturais relacionados às mudanças climáticas, enfatizando a importância de investimentos na ciência. Segundo Walter De Simoni, especialista em política climática, a situação no estado poderia ter sido menos grave se medidas de adaptação mais estruturadas tivessem sido adotadas anteriormente.

De acordo com De Simoni, eventos extremos como esse estão se tornando mais frequentes e intensos, destacando a necessidade de uma nova governança interfederativa envolvendo os governos federal, estadual e municipais para lidar eficazmente com situações emergenciais. O especialista ressalta a importância de aproximar os tomadores de decisões das informações científicas e aprimorar os modelos de resposta a crises climáticas.

O engajamento de investidores externos também é apontado como essencial para fortalecer as políticas de prevenção e adaptação, garantindo que os recursos sejam direcionados de forma eficiente. De Simoni destaca a importância de considerar a questão da resiliência e adaptação ao planejar novas infraestruturas, a fim de evitar riscos e garantir a sustentabilidade a longo prazo.

Recentemente, uma série de imagens mostrou os impactos das enchentes em Porto Alegre, com diversas fotos retratando a situação de calamidade na região. O Governo federal declarou estado de calamidade pública em 336 municípios do Rio Grande do Sul, evidenciando a gravidade da situação.

As fotos mostram a chegada de alimentos na cidade de Sinimbu, onde equipes do Exército Brasileiro estão atuando para auxiliar na segurança e limpeza das áreas afetadas. Também é possível ver o trabalho ininterrupto de resgate e limpeza realizado por voluntários e autoridades locais, assim como a montagem de alojamentos para a população desabrigada.

Em Porto Alegre, vários pontos da cidade foram submersos devido às fortes chuvas, o que resultou em ruas alagadas, prédios atingidos e pessoas buscando maneiras arriscadas de se locomover. A presença do Policiamento a cavalo no centro da cidade, assim como o uso de barcos para auxiliar no resgate, evidenciam a mobilização para enfrentar a situação de emergência.

Além disso, voluntários se organizaram para auxiliar as pessoas em situação vulnerável, enquanto caminhões de bombeamento eram vistos trabalhando na limpeza das áreas afetadas. A ação conjunta entre Exército, Defesa Civil e Governo do Estado buscou alinhar as medidas de apoio e gestão diante do desastre natural, evidenciando a solidariedade e resiliência da comunidade em face das adversidades.

O ministro das Cidades, em uma recente conversa com jornalistas, ressaltou a importância da priorização da prevenção diante de eventos como o ocorrido no Rio Grande do Sul, destacando que essa abordagem deve ser considerada como algo essencial. Ele enfatizou a mudança de cenário atual em comparação com o passado, afirmando que a infraestrutura existente no estado não condiz mais com a realidade presente.

Segundo secretários da pasta, as medidas de prevenção previstas pelo PAC em relação a desastres naturais, focadas principalmente em encostas, não foram suficientes para prevenir a tragédia recente, uma vez que poucos municípios gaúchos enfrentam problemas nessa área. Atualmente, o principal desafio no estado é a questão da drenagem, ao contrário do que era previsto até o ano anterior.

Por exemplo, durante o mapeamento rural, a escassez de água era apontada como o grande problema, em contraste com a situação atual de excesso de água. O secretário nacional de saneamento destacou que na seleção de projetos de saneamento rural, o principal foco não era mais a falta, mas a abundância de água, demonstrando o quanto o evento ocorrido foi surpreendente para muitos.

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