Os repelentes de uso tópico são essenciais para proteger contra a dengue, uma doença que está atualmente em epidemia no Brasil, com mais de 360 mil casos prováveis e 40 mortes só neste ano. Ao comprar um repelente, podem surgir dúvidas sobre qual fórmula é a melhor, como aplicá-lo (spray ou creme) e com que frequência reaplicá-lo. Médicos explicam essas questões:
Qual é o melhor repelente contra a dengue?
Os repelentes contra o mosquito Aedes aegypti, responsável pela dengue, devem conter Icaridina, IR3535 ou DEET (dietil-m-toluamida) na fórmula. A eficácia do produto está relacionada à concentração desses princípios ativos. Quanto maior a concentração, maior é a duração da proteção.
Qual é a concentração recomendada do princípio ativo?
O ideal é que o repelente tenha concentração acima de 20% de Icaridina ou de 30% a 50% de DEET para garantir proteção de longa duração. Produtos com concentração mais baixa também podem oferecer proteção, mas precisam ser aplicados com mais frequência.
A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, os sintomas incluem dores no corpo e febre alta. A doença é um grave problema de saúde pública no Brasil e pode levar à morte.
O Aedes aegypti tem hábitos diurnos e é encontrado em áreas urbanas. Ele necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultos, após a eclosão dos ovos em 10 dias.
A infecção humana ocorre apenas pela picada da fêmea do mosquito. O Aedes aegypti transmite o vírus através da saliva, que é necessária para a produção dos ovos.
A dengue apresenta quatro sorotipos diferentes, o que significa que uma pessoa pode ser infectada por todos eles e desenvolver imunidade para cada um. Portanto, é possível ser infectado até quatro vezes.
Os primeiros sinais da dengue geralmente aparecem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos.
A maioria dos casos de dengue evolui para a recuperação e cura da doença após o período de diminuição ou desaparecimento da febre. No entanto, em casos mais graves, podem ocorrer sintomas como vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor ao urinar.
É importante estar bem informado sobre os repelentes e usar o produto adequado para se proteger contra a dengue e outros mosquitos transmissores de doenças.
A dengue é uma doença transmitida por mosquitos e pode apresentar diversos sintomas, incluindo sensibilidade e perda de movimento no abdômen, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura, queda de pressão, aumento do fígado e aumento dos glóbulos vermelhos no sangue. Em casos mais graves, pode ocorrer um estado de choque, caracterizado por pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão. Além disso, algumas pessoas podem apresentar convulsões e irritabilidade. O choque pode levar à morte em pouco tempo ou à recuperação rápida com o tratamento adequado.
Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, como paracetamol ou dipirona, sob orientação médica. É importante também descansar e se hidratar adequadamente. No caso de dengue hemorrágica, o tratamento é realizado no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas.
Quando se trata de repelentes, é essencial seguir as recomendações de uso indicadas no rótulo de cada produto, incluindo o intervalo de reaplicação. A quantidade adequada deve ser aplicada nas áreas expostas e a escolha entre spray ou creme depende das preferências e necessidades individuais, considerando fatores como a distribuição do produto na pele e possíveis reações alérgicas em pessoas com pele sensível. É importante ressaltar que repelentes à base de DEET não devem ser utilizados em crianças menores de dois anos, e entre 2 e 12 anos, a concentração máxima recomendada é de 10% com aplicação restrita a até três vezes por dia.