Após a AstraZeneca anunciar que não produzirá mais sua vacina contra o coronavírus, a Fiocruz focará no desenvolvimento de uma nova vacina própria com tecnologia de mRNA. Anteriormente, as duas entidades haviam fechado acordo para a transferência de tecnologia e produção da vacina de Oxford no Brasil, resultando em cerca de 190 milhões de doses fabricadas em Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro. A decisão da AstraZeneca de não atualizar o imunizante para as novas variantes do vírus já havia impactado a produção no país, agora totalmente suspensa.
Com o objetivo de criar uma vacina contra a Covid com tecnologia de mRNA, semelhante à da Pfizer, a Fiocruz intensificará seus esforços após a interrupção da produção da vacina da AstraZeneca. Em setembro de 2021, a Fiocruz foi escolhida pela OMS para participar de um programa de incentivo ao desenvolvimento de vacinas contra a Covid. Em comunicado, a Fiocruz reafirmou a importância do acordo de transferência de tecnologia e da utilização do imunizante durante a pandemia, enfatizando sua eficácia reconhecida.
A vacina Covid-19 produzida pela Fiocruz foi amplamente utilizada no Brasil, com registro na Anvisa e eficácia geral de 82%. Mais de 190 milhões de doses foram administradas no país, contribuindo significativamente para o combate à doença. Diante da não atualização da vacina da AstraZeneca para as novas variantes do vírus, a Fiocruz concentra esforços no desenvolvimento de uma nova plataforma de vacinas com tecnologia de RNA mensageiro, sendo reconhecida pela OMS como centro de referência na América Latina para essa tecnologia.