O governo de São Paulo renovou por seis meses o contrato de câmeras corporais usadas pela Polícia Militar. O contrato, que inicialmente era válido por 30 meses, foi prorrogado apenas para garantir o fornecimento dos equipamentos até junho de 2024. O valor estimado da renovação é de R$ 1,8 milhão por mês, totalizando R$ 10,7 milhões no período de seis meses.
Existem dois contratos de prestação de serviço, assinados em 2020, que juntos somam 10.125 câmeras corporais disponíveis na PM. O primeiro contrato, referente a 3.125 câmeras, venceu em dezembro de 2023 e foi prorrogado até junho de 2024. Já o segundo contrato, referente às outras 7 mil câmeras, vence em julho de 2024.
No entanto, o governo de Tarcísio de Freitas admitiu que não vai investir em novas câmeras corporais para a PM, afirmando que a tecnologia não traria efetividade para a segurança dos cidadãos. Mesmo assim, o programa de câmeras corporais, chamado de Olho Vivo, foi apontado como responsável pela redução de mortes de suspeitos e de PMs em serviço até o ano passado.
Um estudo do Unicef em parceria com o FBSP mostrou que a letalidade de PMs em serviço caiu 62,7% e o número de policiais mortos em confrontos também diminuiu após a instalação dos equipamentos. No entanto, no primeiro ano do governo de Tarcísio, o número de mortes em ações da PM aumentou 26%, de acordo com dados do Gaesp.
A Secretaria da Segurança Pública confirmou a prorrogação do contrato por seis meses, mas não deu mais detalhes sobre o assunto.
Ao considerar os recursos tecnológicos disponíveis e a vantagem financeira para o setor público, as renovações contratuais podem ser ampliadas.