Uma das mulheres que acusam o dono de um bar em Brasília de abuso sexual registrou um novo boletim de ocorrência contra o empresário. A vítima afirma que o homem filmou uma relação íntima sem permissão e forneceu as imagens a um tabelião como prova em um processo. O empresário já havia sido denunciado anteriormente por estupro. A advogada das vítimas alega que o dono do bar gravou a relação sexual sem consentimento para desqualificar a vítima e tentar se livrar de uma condenação.
No novo boletim de ocorrência, a vítima relata ter procurado a polícia ao descobrir a existência da filmagem apresentada pela defesa do réu em uma audiência. Os advogados do empresário também foram denunciados. A gravação não foi verificada a partir do aparelho que registrou o ato, o que facilita manipulações de endereço, data e horário. A advogada alega que o empresário aproveitou o material para tentar provar que não existiu estupro e se livrar de uma condenação.
A acusação teve dificuldade em ter acesso às imagens e às gravações das audiências, mas conseguiu ver o conteúdo após muita luta. Pedidos de perícia dos vídeos foram negados pela Justiça. Porém, especialistas afirmam que é fácil manipular um vídeo quando ele é retirado de seu local de origem, o que indica que o empresário pode ter manipulado a prova apresentada por ele mesmo.
Em recentes desenvolvimentos de um caso de estupro, houve revolta após a 3ª Turma do Tribunal de Justiça invalidar o depoimento de uma das 12 mulheres que acusam Gabriel e absolver o réu em dois dos três processos por abuso sexual que ele enfrentava. Isso resultou em protestos organizados por vítimas e um grupo de mulheres em frente ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
A defesa de Gabriel afirmou que não foi informada sobre o boletim de ocorrência registrado e que todas as provas apresentadas durante o processo foram devidamente autorizadas pela autoridade judicial. Eles destacaram que não podem comentar questões técnicas devido ao sigilo do processo.
Testemunhos de vítimas revelaram casos de violência e trauma causados pelo acusado, que supostamente cometia os crimes após dopar as mulheres. Um amigo do acusado também descreveu o perfil agressivo e violento do empresário, relatando um incidente em que ele teria se envolvido em sexo anal sem permissão da parceira.
Em agosto de 2022, Gabriel foi condenado a seis anos de prisão por um processo de 2018, no qual ele foi acusado de forçar sexo com uma vítima embriagada e incapaz de reagir. É importante destacar a seriedade do caso e o impacto que essa decisão judicial tem nas vítimas e na sociedade como um todo.