Um relatório divulgado pela Defensoria Pública do estado de São Paulo aponta para diversas irregularidades na Penitenciária Feminina da capital, localizada no antigo Carandiru. O relatório indica que a prisão, com capacidade para 626 detentas, abriga atualmente 719 mulheres, a maioria delas presa por tráfico de drogas.
De acordo com a Defensoria Pública, as condições de higiene e saúde na penitenciária são precárias. O relatório menciona inclusive relatos de mulheres que deram à luz dentro do presídio, mencionando um caso em que a recém-nascida caiu dentro do vaso sanitário. Além disso, uma das detentas ficou cinco dias em trabalho de parto na unidade antes de ser encaminhada ao hospital.
Além das condições de higiene e saúde, o relatório aponta problemas como falta de camas para todas as detentas, obrigando algumas delas a dormirem em “camas de pedra” ou em colchões em estado precário. Também há problemas com ventilação e iluminação das celas.
O relatório reforça a negligência dos funcionários do presídio, segundo os relatos das próprias presas. Infelizmente, casos como estes são frequentes e demonstram um descaso com os direitos humanos e a dignidade das detentas. É necessário que medidas sejam tomadas para melhorar as condições de vida dessas mulheres que já estão cumprindo suas penas. Uma revisão no sistema carcerário é urgente e essencial para evitar que situações como essas continuem ocorrendo.
Um relatório da Defensoria Pública revelou que as condições nas celas de prisões em São Paulo são insuportáveis devido ao frio. As frestas abertas nas celas não fecham adequadamente, o que amplifica o desconforto térmico. Além disso, a alimentação fornecida às mulheres detidas foi avaliada como péssima, com relatos de ovos mal cozidos, arroz com casca e impurezas, feijão e legumes sem lavar, cascas de cenoura escuras na comida, entre outros problemas. O suco servido é altamente concentrado e com muito corante, gerando mal-estar nas detentas. O relatório também destacou que as internas ficam sem comer do jantar às 7h do dia seguinte, totalizando um jejum de 14h30.