A greve de funcionários de solo da Lufthansa na Alemanha causou o cancelamento de 80% a 90% dos voos da companhia nos aeroportos de Frankfurt, Munique, Hamburgo, Berlim e Düsseldorf. Mais de 100 mil passageiros foram afetados, com os primeiros cancelamentos ocorrendo na noite anterior ao início da greve. A paralisação durará 27 horas e deve encerrar amanhã de manhã. A Lufthansa alertou que pode haver atrasos e cancelamentos mesmo após o fim da greve, mas espera que os serviços se normalizem até sexta-feira.
A greve foi convocada pelo sindicato ver.di, que reivindica melhores salários. Eles pedem um aumento de 500 euros por mês em contratos de um ano, além de um pagamento único de 3 mil euros para compensar a inflação. A Lufthansa afirma que já concedeu aumentos salariais anteriormente e ofereceu um aumento de 13% e um pagamento único para repor a inflação em contratos de três anos.
Essa não é a primeira greve que afeta a aviação na Alemanha recentemente. No domingo e na segunda-feira, uma greve de pilotos da subsidiária da Lufthansa, a Discover Airlines, durou 48 horas. Na semana passada, funcionários de segurança cruzaram os braços em 11 aeroportos do país.
Os aeroportos mais afetados pela greve da Lufthansa foram Frankfurt, Munique, Berlim, Düsseldorf e Hamburgo. A empresa recomenda que os passageiros verifiquem o status de seus voos no site antes de ir para o aeroporto. A Lufthansa também afirma que a subsidiária Eurowings não foi afetada pela greve.
A Alemanha tem enfrentado uma onda de greves nos últimos meses, impulsionadas por questões econômicas e pela escassez de mão de obra. O sindicato ver.di, o maior do país, descreveu este ano como o mais bem sucedido desde sua fundação há 22 anos, com 193 mil novos membros se juntando e um aumento líquido de 40 mil filiações.