São Paulo – A Igreja Católica aguardará a conclusão das investigações envolvendo o padre José Eduardo de Oliveira e Silva, acusado de participar de suposto plano de golpe de Estado, antes de tomar qualquer decisão sobre seu futuro. O padre, que atua na igreja São Domingos, em Osasco, na Grande São Paulo, teve seus equipamentos eletrônicos apreendidos pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (8/2). A PF encontrou informações relevantes nos dispositivos, como computador, telefone celular e passaporte. O padre José Eduardo é suspeito de fazer parte do “núcleo jurídico” de um grupo que estaria articulando uma maneira de manter Jair Bolsonaro no poder após sua derrota nas eleições de 2022. A Diocese de Osasco se pronunciou sobre a investigação e afirmou que aguardará a conclusão do caso para se posicionar oficialmente. O padre nega ter colaborado com o suposto plano. Durante uma transmissão ao vivo no YouTube, o padre afirmou que não entregou a senha de seus equipamentos à PF, pois está protegido pelo sigilo sacerdotal. A PF revelou que o padre participou de uma reunião no Palácio do Planalto, em novembro de 2022, para discutir o tema com o ex-presidente Bolsonaro. Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, também estava presente no encontro. O padre excluiu fotos com bolsonaristas de suas redes sociais após a operação da PF. José Eduardo está proibido de se comunicar com os demais investigados e de deixar o país.
