Impactos da reforma tributária sobre o trabalhador comum: uma perspectiva crítica

Após analisar o debate em torno da reforma tributária, uma analogia surge: os otimistas veem a simplificação dos impostos como uma nova era de transparência e controle. Os pessimistas temem que o peso dos impostos continue, enquanto os realistas apenas celebram o fato de que, independente do destino pós-vida, não precisarão mais pagar tributos.

A proposta de implementar um IVA com taxas em torno de 30% anima a imprensa, que vê nisso uma forma de tornar o sistema tributário mais acessível. A expectativa de saber exatamente quanto se paga em impostos a cada compra é saudada como um avanço que permitirá exigir mais retorno em serviços públicos. No entanto, há quem veja nisso uma revolução na forma como somos tratados pelo Estado, comparando o processo a descobrir uma traição.

A complexidade do sistema tributário brasileiro, intensificada ao longo dos anos, se tornou um peso sobre os cidadãos, que trabalham quase metade do ano apenas para pagar impostos. Mesmo com um aumento na arrecadação, a qualidade dos serviços públicos permanece questionável, mostrando que a máquina estatal cresceu sem um retorno proporcional à população.

A reforma tributária em andamento é vista como a mais importante desde o Plano Real, porém sua finalidade parece ser mais aperfeiçoar a arrecadação do que aliviar a carga tributária. A presença de exceções e benefícios fiscais para certos setores alimenta preocupações sobre a transparência e igualdade do novo sistema. Economistas alertam para o risco de pressões de grupos específicos que podem distorcer as intenções originais da reforma.

O texto fala sobre o peso das exceções em relação aos impostos pagos pelos contribuintes. A ideia é que sempre somos nós que financiamos os subsídios, seja na redução do IVA ou no cashback para pessoas carentes. Desde tempos remotos, as exceções confirmam os encargos fiscais, como exemplificado na inscrição da Pedra da Rosetta, que mencionava desonerações fiscais para sacerdotes egípcios em troca de apoio político ao faraó.

O texto também destaca a necessidade, ao longo da história, de líderes buscarem apoio local, mesmo em dinastias estrangeiras, e o custo desses acordos para os cidadãos comuns que acabam arcando com esses custos indiretamente. A referência histórica de 196 a.C. ressalta a continuidade dessas práticas ao longo do tempo e quem acaba arcando com os custos desses arranjos.

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