Um homem de 72 anos, diagnosticado com um tipo de câncer cerebral agressivo, teve uma melhora surpreendente após passar por um tratamento inovador. Ele recebeu uma versão modificada da terapia celular CAR-T, resultando na regressão do tumor em questão de dias, mantendo-se por cerca de três meses. O glioblastoma é conhecido por crescer rapidamente e se espalhar, com um prognóstico médio de sobrevivência entre 12 e 18 meses.
O caso desse paciente foi descrito por pesquisadores do Programa de Imunoterapia Celular do Massachusetts General Cancer Center, em Boston (EUA), em um artigo publicado recentemente. A terapia CAR-T, originalmente utilizada em cânceres sanguíneos como leucemia e linfoma, foi modificada para atacar tumores sólidos, como o glioblastoma.
A terapia CAR-T consiste em modificar células de defesa do paciente em laboratório, ativando linfócitos T para identificar e combater as células cancerígenas. Essa técnica tem sido eficaz em cânceres sanguíneos devido à uniformidade das células, tornando-as alvos claros. Para tumores sólidos, como o glioblastoma, os pesquisadores identificaram um marcador comum que poderia ser atacado por essa terapia.
Em um estudo clínico de fase 1, realizado com três pacientes, os resultados foram animadores. O primeiro paciente, um homem de 74 anos, apresentou redução significativa no tamanho do tumor logo após o tratamento, mas infelizmente houve uma recorrência posterior. Já a segunda paciente, uma mulher de 57 anos, teve um rápido encolhimento do tumor, seguido de sinais de retorno. O terceiro paciente, o homem de 72 anos, experimentou uma regressão do tumor notável após dois dias, mantendo-se por três meses, com efeitos colaterais limitados.
Esse estudo traz esperança para o tratamento de tumores sólidos com a terapia CAR-T modificada, mostrando progressos significativos na luta contra o glioblastoma e outros tipos de câncer. A pesquisa continua a explorar novas possibilidades e aperfeiçoar essa promissora abordagem terapêutica.
Um estudo científico abordou a possibilidade de direcionar vários antígenos de superfície simultaneamente através da terapia CAR-T. O artigo apontou que o EGFR é um alvo imunoterapêutico eficaz para tratar o glioblastoma. Para mais informações e atualizações sobre saúde, siga a editoria de Saúde no Instagram e mantenha-se informado sobre o tema.
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