Uma investigação do Ministério Público de São Paulo revelou conexões entre empresas de ônibus da capital paulista e o Primeiro Comando da Capital (PCC), iniciando uma operação que já dura um mês. A Prefeitura avalia a possibilidade de manter a intervenção no transporte público da região por mais oito meses.
Uma comissão formada por técnicos da Procuradoria Geral, Controladoria Geral do Município e profissionais da São Paulo Transportes (SPTrans) está preparando um relatório dos primeiros 30 dias de intervenção na Transwolff e Upbus para apresentar ao prefeito Ricardo Nunes (MDB).
O prefeito mencionou que a decisão de cancelar ou manter os contratos das empresas dependerá das investigações do Ministério Público e dos resultados da Justiça em relação às acusações. A Operação Fim da Linha teve dirigentes da Transwolff e da Upbus como alvos, empresas que juntas possuem uma frota de aproximadamente 1.300 ônibus e transportam cerca de 700 mil pessoas diariamente.
A intervenção na Transwolff foi solicitada pelo MPSP, enquanto no caso da Upbus, a intervenção foi requerida pela Prefeitura. O grupo de interventores planeja gerenciar as empresas por pelo menos seis meses, com possibilidade de extensão por mais dois meses, antes de decidir o futuro dos contratos.
Uma das questões pendentes é o destino do Aquático SP, um serviço de transporte hidroviário que estava com a Transwolff, mas foi transferido para a SPTrans após a operação do MPSP contra o PCC. A Prefeitura ainda precisa decidir se o serviço voltará para a empresa ou permanecerá com a SPTrans.