São Paulo — O Ministério Público Militar (MPM) vai investigar um suposto esquema de fraudes a licitações milionárias no Exército Brasileiro com o uso de empresas em nome de laranjas. As empresas são todas ligadas a um mesmo contador e a um antigo personagem do escândalo dos Correios, que desaguou no Mensalão. O caso será investigado pelo MPM, que também poderá apresentar denúncia à Justiça Militar. O Ministério Público Federal (MPF) também pode entrar no caso na esfera de improbidade administrativa. O contador em questão é o responsável por várias empresas e sócio de outras. Empresas ligadas a ele aparecem como competidoras em licitações do Exército, ganhando contratos no valor de R$ 18,2 milhões. Essas empresas estão em nome de jovens de 20 e 21 anos que moram no Rio de Janeiro e em Santa Catarina, mas são controladas pelo contador e seu sócio, que estão sendo investigados pela Polícia Federal por fraude em licitações em outros órgãos públicos. Os contratos assinados com o Exército são para fornecer equipamentos militares.
O Exército afirmou que os critérios de seleção de empresas para fornecimento de material seguem a Lei de Licitações e Contratos, com base nos princípios da administração pública, como legalidade e impessoalidade. No entanto, não se pronunciou sobre licitações suspeitas e a entrega dos materiais contratados.
O Exército disse que está apurando os dados referentes aos contratos levantados pela reportagem, mas não deu mais informações desde então. Algumas licitações estão sendo questionadas, porém, não se sabe se o material está sendo entregue dentro do prazo previsto.
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