O despachante Juliano Martins contestou as acusações feitas contra ele pela Polícia Federal e afirmou que foi injustiçado ao ser preso por um “erro grotesco”. Segundo Martins, a PF o acusou de participar dos atos golpistas em Brasília em janeiro, mas ele afirma que estava em São Paulo na época. Ele apresentou extratos bancários e conversas de WhatsApp como prova de sua inocência.
Após passar quatro meses na prisão, Martins está cumprindo medidas cautelares em sua cidade, São Francisco do Sul (SC). Ele usa tornozeleira eletrônica e teve seus bens e redes sociais bloqueados. Até o momento, ele não foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mas o processo ainda está em andamento.
O pedido de prisão de Martins foi enviado à Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, pela Polícia Federal em junho deste ano. O documento alegava que ele organizava caravanas para os atos antidemocráticos em Brasília e participou das invasões ocorridas em janeiro. No entanto, a PGR se posicionou contra a prisão preventiva de Martins em pelo menos três ocasiões, argumentando a falta de indícios de sua participação nas invasões.
Apesar das contestações da defesa, Moraes acolheu o pedido da PF e ordenou a prisão de Martins com base nos supostos crimes de atos terroristas, dano, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.