Uma bióloga, ativista e defensora da Chapada dos Veadeiros, localizada em Goiás, faleceu após um acidente envolvendo lanchas na Ilha de Boipeba, na Bahia. Seu marido, um advogado e músico, recebeu a trágica notícia enquanto estava em um retiro. Laryssa Galantini, de 35 anos, era uma das duas vítimas do acidente que ocorreu na sexta-feira. Ela dedicava-se não apenas à proteção e educação ambiental, mas também ao fortalecimento da cultura local. Após o acidente, amigos e pessoas próximas mostraram apoio e condolências ao marido nas redes sociais.
O projeto Raizeiros, Parteiras, Benzedeiras e Pajés também lamentou a perda, destacando as qualidades de Laryssa: seriedade, potência, dedicação, honestidade, simplicidade e bondade. Seu trabalho e engajamento eram admiráveis, e sua partida deixou um vazio. O acidente que tirou a vida da bióloga resultou na morte de duas pessoas, sendo que o piloto da lancha responsável pela colisão estava embriagado.
Segundo o Instituto Biorregional do Cerrado (IBC), Laryssa era uma educadora atuante e carismática que participava de inúmeros projetos em prol da regeneração, resiliência e conservação do Cerrado. Ela foi uma das idealizadoras do primeiro Mandato Coletivo do Brasil, eleito em 2018, e era uma defensora das causas feministas, além de estar envolvida em movimentos que visavam proteger e ajudar crianças e adolescentes.
A comunidade da Chapada dos Veadeiros, onde Laryssa morava, também lamentou profundamente sua perda. Sua paixão pelo Cerrado e sua expertise em biodiversidade marinha contribuíram significativamente para a conservação da vida silvestre. Sua ausência será sentida, não apenas como uma especialista comprometida, mas também como uma defensora incansável dos saberes tradicionais. Sua memória permanecerá viva na mente e nos corações daqueles que a conheciam e admiravam.