Recentemente, o processo judicial envolvendo o cantor MC Livinho e a produtora GR6 Eventos teve um novo desdobramento. A 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul aceitou um recurso da defesa de Livinho, apresentado no início do mês. Ainda cabe recurso, segundo informações do colunista Peterson Renato, do Hora Top TV.
No recurso de apelação, os representantes de Livinho argumentaram que o cantor não estava envolvido na negociação entre a produtora e os contratantes. Além disso, sustentaram que não poderiam restituir valores que não haviam recebido. A desembargadora Carla Patrícia Boschetti Marcon concluiu que não era possível responsabilizar Livinho e a produtora pela resolução do contrato e recebimento dos valores, pois a contratação não estava documentada.
No caso em questão, MC Livinho e a GR6 Eventos foram condenados no ano passado por não comparecerem a um show em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, em 2017. Os empresários Gregory Oliveira e Gustavo Siqueira moveram uma ação judicial após o cancelamento do evento. A Justiça determinou que os réus pagassem uma indenização por danos morais, devolvessem o montante já pago pelo show e cobrissem a margem de lucro dos ingressos não vendidos. Os autores alegaram que a produtora ainda solicitou um jatinho particular para transportar Livinho até o local do evento.
Um evento que pagou R$ 32 mil para ter a presença do cantor Livinho foi surpreendido por uma liminar que impediu a sua apresentação, alegando questões contratuais. O artista defendeu que não assinou nenhum contrato e não deveria ser réu. A decisão foi emitida pela juíza Luciana Bertoni Tieppo, da 6ª Vara Cível de Caxias do Sul, em 17 de maio. A Justiça apontou provas da existência do contrato, mesmo que verbal: “Restou amplamente comprovado que os réus não cumpriram o contrato”, afirmou a magistrada.
A assessoria de Livinho se recusou a comentar o assunto judicial do cliente, enquanto a empresa processada declarou que respeita a decisão da juíza, mas discorda da procedência dos pedidos e da quantia da indenização. Eles pretendem recorrer ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul para buscar uma revisão da sentença.