Médico foragido é denunciado por mulheres por suspeita de fraude, desaparecimento de óvulos e aborto

No estado de São Paulo, um médico nigeriano, conhecido como Dr. Tosyn, dono de uma clínica de fertilização na zona leste da cidade, está sendo alvo de diversos processos na Justiça. Ele chegou ao Brasil em 2013 pelo programa Mais Médicos e depois revalidou seu diploma, atuando no setor privado. O profissional é acusado de fraudes por três grandes planos de saúde, que alegam esquemas fraudulentos envolvendo pedidos de reembolsos falsos e superfaturados, resultando em prejuízos milionários.

Em janeiro deste ano, a prisão de Dr. Tosyn foi decretada devido às investigações sobre as fraudes. Ele tentou sair do país em duas ocasiões, mas foi barrado no aeroporto. Desde então, seu paradeiro é desconhecido. Mulheres que buscaram tratamento na clínica do médico relataram casos de negligência médica, colocando em risco suas vidas e saúde. Relatos indicam que as pacientes eram submetidas a esquemas fraudulentos, incluindo supostos sumiços de óvulos e solicitações de pagamentos em dinheiro vivo ou reembolsos superfaturados.

Uma das pacientes, Michelle Valentim, de 41 anos, mãe de quatro filhos, procurou a clínica com o objetivo de engravidar novamente após ter feito uma laqueadura de trompas. Mesmo sem problemas de fertilidade, o médico recomendou medicamentos para estimular a produção de óvulos, resultando em complicações de saúde para Michelle. O procedimento indicou a presença de 33 óvulos em seu organismo, dos quais apenas oito foram coletados para o tratamento de fertilização in vitro.

A advogada de defesa de Dr. Tosyn, Agatha Martins, nega que o médico esteja foragido e afirma que não houve irregularidades na clínica. As acusações envolvendo esquemas fraudulentos e negligência médica continuam sob investigação pelas autoridades competentes.

Um caso chocante envolvendo pacientes de uma clínica de fertilização tem causado revolta e preocupação. Uma mulher chamada Michelle compartilhou sua angustiante experiência após uma fertilização in vitro. Apesar de ter recebido a notícia positiva de gravidez após a transferência do embrião, ela mais tarde descobriu que a gestação não seguiria adiante, sem receber o devido suporte emocional da clínica.

Além de Michelle, um grupo de 23 pacientes também relataram sintomas incomuns após procedimentos de fertilização, incluindo dores intensas e inchaço devido a estímulo ovárico excessivo. Eles também mencionaram a coleta de um número menor de óvulos do que o esperado, levantando suspeitas sobre a conduta da clínica e do médico.

A situação se intensificou e alguns pacientes estão se preparando para denunciar à polícia a clínica por diversas questões, como o sumiço de óvulos, negligência no tratamento e até mesmo pressão para fraudar pedidos de reembolso em convênios médicos. Casos graves, como perfuração de órgãos e hemorragias, também foram mencionados pelas vítimas.

Uma paciente, identificada como Lorena para preservar sua identidade, relatou ter conseguido provar tentativas de fraude por parte da clínica nos pedidos de reembolso de planos de saúde. Além disso, ela obteve um parecer favorável no Procon para reaver o valor pago pelo tratamento, que incluía doação de óvulos por parte dela e resultou em coletas e fertilizações com resultados abaixo do esperado.

Uma paciente relatou uma experiência traumática em uma clínica de fertilização, onde se sentiu lesada e enganada. Ao retornar sangrando do centro cirúrgico sem cuidados adequados, ela percebeu várias irregularidades. Desde a falta de limpeza após a captação de óvulos até a solicitação de reembolso de exames não realizados, a paciente se sentiu enganada.

Além disso, foi reportado um caso em que a paciente pagou por um tratamento de fertilização, mas, mesmo após ter sido medicada para estimular a produção de óvulos, apenas uma quantidade muito reduzida foi coletada. A sedação utilizada durante o procedimento também foi relatada como excessiva e prejudicial.

Após a reclamação da paciente e a intervenção do Procon, foi recomendada a rescisão do contrato com a clínica sem prejuízo para a paciente. A defesa da clínica negou as acusações de fraude e negligência, justificando a quantidade reduzida de óvulos coletados como algo dentro dos padrões aceitáveis.

Uma advogada negou acusações de fraude feitas contra planos de saúde, afirmando que, durante seu trabalho em uma clínica, apenas exames prestados eram solicitados para pagamento. Ela também refutou a existência de exigências de dinheiro vivo ou trocas de planos de saúde. Quanto ao paradeiro de Tosyn, a advogada declarou que ele não está foragido e encontra-se na Nigéria, planejando retornar em breve para o Brasil por conta de seus filhos, vida e carreira no país. Sua ida para a Nigéria teria sido para cuidar de seu pai por um período de tempo.

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