Na última terça-feira (12/3), um homem foi assassinado com tiros de fuzil em frente à sua casa em Atibaia, interior de São Paulo. Conhecido como “Luiz Conta Dinheiro”, ele era apontado como tesoureiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e admitiu ter comprado armas ilegalmente para se proteger, alegando que era acusado de desviar R$ 5 milhões da facção. O desvio teria ocorrido em uma empresa de transporte coletivo suspeita de lavar dinheiro do tráfico de drogas do PCC.
Quando foi preso há cinco anos, Luiz estava em posse de armas e drogas em sua casa, juntamente com sua esposa. Documentos encontrados no local indicavam anotações financeiras relacionadas ao PCC, incluindo a negociação de uma “biqueira” por R$ 400 mil. Mesmo após ser detido, ele conseguiu benefícios como regime semiaberto e saídas temporárias da prisão, mas enfrentou tentativas de homicídio durante esses períodos.
No contexto de um conflito interno na cúpula do PCC, a morte de Luiz Conta Dinheiro se soma a outros assassinatos de membros da facção. Esses conflitos envolvem líderes como Marcola e outros integrantes, resultando em um rastro de violência em cidades paulistas. Além disso, outros membros do PCC, como Cristiano Lopes da Costa, também foram vítimas de ataques a tiros.
A situação se agravou com um “toque de recolher” após a morte de um líder chamado Meia Folha no Guarujá. Após o racha na liderança do PCC, mortes como a de Donizete Apolinário da Silva em Mauá indicam a perpetuação da violência entre os membros da facção criminosa.
Um racha na cúpula do PCC, facção criminosa, teve como principal motivação um diálogo gravado entre Marcola e policiais penais federais. Na conversa, Marcola teria chamado o número dois da hierarquia do grupo, Roberto Soriano, de “psicopata”. Essa declaração foi usada pelos promotores no julgamento de Soriano, que acabou sendo condenado a 31 anos e 6 meses de prisão em 2023, por supostamente ser o mandante do assassinato de uma psicóloga.