O Secretário de Comunicação da Câmara, deputado Jilmar Tatto do PT de São Paulo, denunciou um servidor subordinado a ele ao ministro Alexandre de Moraes. Tatto solicitou uma investigação e possíveis medidas disciplinares contra o jornalista Cláudio Lessa, que é lotado na diretoria comandada pelo deputado e que tem um alto salário.
Tatto informou ao ministro que Lessa, conhecido por ser bolsonarista, utiliza suas redes sociais, como o YouTube com 294 mil seguidores, e o Twitter, para atacar o Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes e questionar a integridade do sistema eleitoral. Os advogados de Tatto alegaram que essas ações justificam uma investigação e medidas cautelares contra Lessa, em conformidade com o inquérito das milícias digitais em curso no Supremo Tribunal Federal.
O pedido de Tatto foi apresentado no contexto do inquérito sobre atos antidemocráticos, que foi arquivado por Alexandre de Moraes em 2021, mas que originou o inquérito das milícias digitais, em andamento no STF. Antes da denúncia do deputado petista, Cláudio Lessa já havia sido alvo de ações do ministro Moraes, como a suspensão de seu canal no Telegram em março de 2022.