Um empresário de São Paulo, conhecido como Latrell Brito, está envolvido em um suposto esquema de fraude em contratos com prefeituras e câmaras municipais para beneficiar o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele possuía licença para Caçador, Atirador e Colecionador de armas e costumava ameaçar rivais através do WhatsApp, exibindo uma postura violenta e perigosa. O Ministério Público de São Paulo apresentou uma denúncia contra Latrell, políticos que teriam recebido propina dele e um de seus sócios, apontando conexões com a facção criminosa.
De acordo com o MPSP, Latrell, mesmo possuindo registro legalizado de armas, as utilizava de maneira ilícita. Em um vídeo, ele é visto perguntando a um interlocutor se deveria resolver uma situação com seu “brinquedinho”, fazendo menção às armas de fogo. A acusação aponta que Latrell e seu sócio estavam envolvidos em uma série de atividades ilícitas, visando interesses escusos em prol do PCC.
Recentemente, Latrell foi denunciado pelo MPSP e encontra-se foragido. Segundo a acusação, o dinheiro proveniente das fraudes cometidas em favor do PCC era utilizado para viagens internacionais, festas regadas a bebidas e até mesmo para a poupança de sua filha.
A investigação também aponta a atuação de quatro vereadores de diferentes cidades da Grande São Paulo e do litoral, sendo que três deles estão detidos. Esses políticos estariam associados ao esquema de corrupção com Latrell e o PCC, conforme revelou o Ministério Público.
Conversas recentemente divulgadas revelam denúncias de irregularidades feitas por ex-funcionários. Em uma das conversas vazadas, há acusações de que Braga Netto estaria pressionando militares a aceitar ideias golpistas. Além disso, foi revelado que Latrell estaria envolvido em filmagens de armas e ameaças, de acordo com informações do MPSP.
O esquema descoberto aponta para fraudes de pelo menos R$ 200 milhões em contratos de diversas cidades paulistas. As transações eram feitas por empresas registradas em nome de laranjas, tendo como parte do esquema o pagamento de propina, realizado via Pix ou em dinheiro vivo para agentes públicos. A denúncia também destaca que outros indivíduos se beneficiavam dessas práticas ilícitas.
Até o momento, não foi possível obter uma posição da defesa de Latrell Brito em relação às acusações. Informações adicionais sobre o caso e os desdobramentos podem ser acompanhados nas atualizações do caso. O espaço está aberto para manifestações e esclarecimentos sobre o assunto.