Uma empresa de ônibus da zona sul de São Paulo está envolvida em um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A Transwolff, que opera linhas na capital paulista, fraudou licitações em duas cidades do litoral entre 2016 e 2018, segundo o Ministério Público de São Paulo. Os empresários usaram laranjas para simular competições e firmar contratos nessas cidades.
A Transwolff, uma das maiores empresas de ônibus da capital e que controla importantes serviços na gestão do prefeito Ricardo Nunes, foi alvo da Operação Fim da Linha. De acordo com os promotores, a Demark, empresa de contabilidade da Transwolff, abriu cinco empresas de fachada para tentar entrar no setor de transporte nas cidades do litoral. Essas empresas, ligadas ao grupo que controla a Transwolff, emitiram notas fiscais eletrônicas no mesmo computador, indicando fraude.
A investigação aponta que o dinheiro obtido pelo tráfico de drogas pelo PCC foi utilizado para capitalizar a Transwolff e permitir sua participação em licitações na capital. A empresa está sob intervenção da Prefeitura desde a deflagração da operação. Apesar de não mencionar envolvimento de agentes públicos nas licitações fraudulentas, a denúncia do MPSP aponta evidências claras de fraude.
Os representantes da Transwolff citados na denúncia não foram localizados para comentar o caso. As prefeituras de Iguape e Cananéia também não se manifestaram até o momento. A situação permanece em aberto para novas informações ou manifestações a respeito do caso. Mantenha-se informado sobre os acontecimentos em São Paulo.