O senador Sergio Moro, do União Brasil do Paraná, permaneceu em silêncio diante do afastamento de quatro magistrados, incluindo sua sucessora na Lava Jato, juíza Gabriela Hardt. O Conselho Nacional de Justiça os afastou por suspeitas de irregularidades nos processos.
O plenário do CNJ irá avaliar a decisão do corregedor nacional de Justiça, que determinou o afastamento dos juízes incriminados. Entre os alvos da decisão estão Gabriela Hardt, Danilo Pereira Júnior, Thompson Flores e Loraci Flores de Lima, todos relacionados à Lava Jato.
Segundo o corregedor, os magistrados desobedeceram ordens do STF e violaram normas do cargo em casos ligados à operação. Gabriela Hardt foi mencionada por ter aprovado a criação de uma fundação privada para receber recursos provenientes da Lava Jato, supostamente visando desvios financeiros. A negociação do acordo judicial ocorreu fora dos trâmites do processo, por meio de comunicação eletrônica com o Ministério Público Federal.
Moro, por sua vez, não se manifestou em defesa dos colegas afastados. Nas redes sociais, o senador não abordou o assunto e manteve-se em silêncio quando questionado sobre sua posição perante os afastamentos dos magistrados.