O impacto da falha do Bradesco na competição pela rentabilidade dos grandes bancos

A competição pelo lucro entre os principais bancos brasileiros se intensificou no último trimestre de 2023, de acordo com os balanços mais recentes divulgados pelas instituições financeiras na semana passada.

O Banco do Brasil garantiu a liderança do grupo, com ganhos de R$ 9,44 bilhões, seguido de perto pelo Itaú Unibanco, com R$ 9,401 bilhões. O Bradesco ficou em terceiro lugar, com R$ 2,88 bilhões, seguido pelo BTG Pactual, com R$ 2,84 bilhões, e o Santander, com R$ 2,204 bilhões.

O analista Carlos André Vieira observa que o Banco do Brasil se destacou ao aumentar suas margens com os negócios realizados com os clientes, enquanto o Itaú melhorou praticamente todas as suas linhas de receita. No entanto, o Bradesco decepcionou os investidores, cujas ações caíram quase 16% na Bolsa brasileira (B3).

A rentabilidade dos bancos, medida pela taxa de retorno sobre o patrimônio (ROE), também revelou diferenças entre as instituições. O BTG e o Banco do Brasil tiveram uma taxa de ROE melhor no último trimestre, enquanto o Santander e o Bradesco apresentaram uma queda.

No geral, esperava-se que os resultados dos grandes bancos melhorassem trimestre a trimestre ao longo de 2023, mas essa expectativa só foi cumprida pelo Banco do Brasil, Itaú e BTG.

Em resumo, o Banco do Brasil liderou em lucro no último trimestre, seguido pelo Itaú, enquanto o Bradesco decepcionou os investidores. O BTG também obteve um bom desempenho e a rentabilidade dos bancos variou, com alguns apresentando melhora e outros queda.

De acordo com a consultoria Elos Ayta, os cinco maiores bancos do Brasil tiveram um lucro líquido de R$ 100 bilhões no ano passado, uma queda de 3,5% em comparação com 2022, quando alcançaram R$ 103,9 bilhões.

O Itaú liderou em lucratividade em 2023, com um lucro de R$ 33,8 bilhões, um aumento de 10,2% em relação a 2022. Em segundo lugar ficou o Banco do Brasil, com um lucro de R$ 33,16 bilhões e um aumento de 11,1%.

O Bradesco ocupou o terceiro lugar, com um lucro de R$ 14,5 bilhões, mas registrou uma queda de 31,6% em relação a 2022. O BTG ficou em quarto lugar, com um lucro de R$ 9,9 bilhões, um aumento de 26,6%. O Santander teve o menor lucro, de R$ 8,8 bilhões, o que representa uma queda de 38,2% no ano.

Uma mudança significativa na hierarquia financeira ocorreu quando o BTG ultrapassou o Santander pela primeira vez em termos de lucratividade, de acordo com o analista Rivero. Isso pode resultar em uma maior conquista de mercado pelos concorrentes, principalmente na concessão de crédito.

A próxima etapa da competição entre os grandes bancos acontecerá no final do primeiro trimestre de 2024. Será interessante observar os resultados e ver se a tendência se mantém ou se haverá alterações.

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