Olívia Araújo, conhecida por interpretar a personagem Maria Navalha na novela Fuzuê, concedeu uma entrevista exclusiva, fazendo um balanço do último ano e compartilhando suas expectativas para 2024. A atriz também abordou a questão da representatividade na televisão brasileira.
Maria Navalha é descrita como uma ex-cantora da Lapa, uma mulher extrovertida e combativa, sem filtros ou papas na língua. Ela ficou famosa não apenas por seu talento, mas também por sua personalidade explosiva. Um dos grandes mistérios de sua história é a paternidade de Luna, que se torna seu grande ponto de virada.
Olívia Araújo já participou de diversas produções da TV Globo, como Além da Ilusão, O Tempo não Para e Malhação. Também fez parte do elenco de Chiquititas, no SBT.
Ao avaliar o ano de 2023, a atriz considerou-o intenso e feliz, com muitas oportunidades de mostrar diferentes facetas de seu trabalho. Para 2024, Olívia espera continuar tendo boas oportunidades de trabalho e que a vida seja mais suave para todos.
Quando questionada sobre seus rituais para a virada do ano, Olívia revelou que gosta de tirar um momento do dia da véspera para fazer suas orações, agradecendo o ano que está encerrando e pedindo proteção, livramento e coragem para encarar os desafios do próximo ano. Ela também mencionou que costuma ter flores em casa e não pode faltar uma mesa arrumada com flores na virada, além de passar com dinheiro no bolso para garantir que não falte no próximo ano. Por fim, Olívia mencionou que toma um banho com perfume para atrair saúde, amor e paz.
Você faz resoluções de Ano Novo? Conseguiu realizar alguma em 2023? Eu, quando adolescente, fazia uma lista enorme. Hoje em dia, só quero aproveitar o melhor que a vida tem a oferecer no momento. Felizmente, consegui realizar muitas coisas em 2023. É gratificante ver a diversidade na TV, com uma grande mistura de atores.
A entrada de atores negros na dramaturgia brasileira é extremamente positiva. Nossa população é diversa e é importante que ela seja representada na dramaturgia, ocupando todos os tipos de papéis. Acredito que atores negros podem interpretar qualquer personagem, pois eles são fictícios e não têm um estereótipo definido. Etnia não deveria ser um fator determinante para uma profissão ou para definir o caráter de alguém.
Pensar que uma pessoa de ascendência asiática só pode ser feirante ou um especialista em tecnologia é preconceituoso e antiquado. Todos nós, independentemente da nossa cor, podemos dar vida a qualquer personagem. Essa maneira de pensar não se encaixa mais no mundo atual.
A presença de muitos atores negros em “Fuzuê” é uma vitória, já que demonstra uma representação mais alinhada com o que vemos na sociedade atualmente, em séries, filmes, teatro e publicidade. É um reflexo do mundo em que vivemos.
Se eu tivesse um pedido para ser realizado em 2024, eu pediria igualdade de oportunidades para todos, juntamente com o livre arbítrio de cada indivíduo para escolher o que fazer.
Quanto ao nome do meu personagem em “Fuzuê”, Maria Navalha, eu já tinha ouvido falar dessa entidade da Umbanda antes de interpretá-la. Por respeito, pedi licença em minhas orações para utilizar seu nome como personagem. Li sobre a história da entidade e descobri que o que temos em comum é o fato de ela, assim como minha personagem, utilizar o nome Navalha como nome artístico por usar uma navalha como defesa. No entanto, é importante ressaltar que meu personagem se passa em uma época específica da Lapa carioca, e não é a mesma Lapa atual. Além disso, minha personagem é uma mulher brasileira comum, com marcas da vida, desamor e algumas frustrações, mas também com uma incrível força de recuperação.