O filme “A Sociedade da Neve” conquistou o público da Netflix ao contar a história de um trágico acidente aéreo que ocorreu no Vale das Lágrimas, no Chile. Apesar de ser uma ficção, o local onde a aeronave caiu em 1972 ainda guarda vestígios enterrados.
Desde o acidente até os dias atuais, pessoas aventureiras se arriscam na Cordilheira dos Andes para percorrer o mesmo caminho feito pelos sobreviventes em busca de ajuda. Nessas expedições, diversas pessoas, como amigos, familiares e turistas, conseguiram resgatar pertences pessoais dos passageiros do voo.
Um guia mexicano chamado Ricardo Peña relatou ao Clarín que, em sua primeira visita ao Vale em 2005, encontrou o blazer de Eduardo Strauch, um dos sobreviventes. Além disso, ele também descobriu uma bolsa enterrada na neve contendo US$ 100 e um passaporte. No entanto, devido à natureza perigosa e desafiadora da expedição, muitos itens pessoais e a fuselagem do avião acabaram permanecendo enterrados no gelo.
Os demais objetos, que foram recolhidos pelas Forças Armadas ou em expedições posteriores realizadas por amigos e familiares dos passageiros, foram destinados ao Museu dos Andes, localizado no Uruguai. De acordo com a reportagem de um jornal argentino, as equipes de resgate também encontraram no local do acidente um trem de pouso com duas rodas (que ainda está no mesmo lugar), parte dos assentos, um apoio de braço, as capas dos assentos usadas pelos sobreviventes como cobertores e algumas peças de roupa, como calças, meias e camisas.