Em meio a uma disputa pública entre o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e o dono da rede social X (antigo Twitter), Elon Musk, um deputado bolsonarista propôs à Câmara a abertura de uma CPI para investigar o que ele chama de “aparato de polícia e justiça paralelo”. O pedido de CPI partiu do deputado Coronel Meira, do PL de Pernambuco, que alega que Musk afirmou que recebeu ordens de Moraes para suspender perfis de políticos e jornalistas no X, sem poder revelar o motivo aos usuários. Moraes, por sua vez, incluiu Musk como investigado em um inquérito que visa apurar a atuação de milícias digitais e abriu uma nova investigação focada exclusivamente no bilionário.
O deputado que solicitou a CPI acusa a existência de violações de direitos fundamentais decorrentes da criação de um órgão de controle e censura política além da autoridade do Poder Judiciário. A acusação menciona a presença de um “aparato paralelo de polícia e justiça” responsável por monitoramento e censura ideológica. Musk declarou que teve que alegar problemas nos termos de serviço para justificar a suspensão de contas. Em meio a troca de acusações, Moraes decidiu investigar o bilionário mais a fundo dentro do STF.
Os embates públicos entre Musk e Moraes têm gerado reações e debates intensos, tanto nas redes sociais quanto na esfera política. O convite de Musk para debater abertamente com Moraes e a resposta do ministro com mais investigações aumentam a tensão nesse cenário. O episódio também mostra a influência e repercussão que disputas envolvendo figuras públicas e autoridades podem ter, afetando também o ambiente digital e o debate público como um todo.