Um estudo realizado pela Universidade de Sichuan, na China, revelou que o Brasil está na vanguarda da pesquisa quando se trata de exercícios físicos e hipertensão. De acordo com a pesquisa, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking das nações que investigam a relação entre a atividade física e a condição. Esse estudo oferece um visão científica valiosa para pesquisadores que buscam compreender o status atual da pesquisa sobre exercícios e hipertensão, bem como as tendências emergentes.
Foram recuperados 1.643 artigos e revisões relacionados a exercícios e hipertensão da Web of Science Core Collection (WOSCC) para a realização do estudo. Entre 2003 e 2023, o Brasil desenvolveu 420 estudos que analisam o exercício físico como tratamento para a hipertensão, sendo o país com maior número de pesquisas nesse campo. Os Estados Unidos e a China também estão no pódio dos países que pesquisam acerca desse assunto.
Um centro de pesquisa brasileiro que contribui para o avanço nesse tema é a Universidade Católica de Brasília (UCB). Ela é a quinta instituição no mundo que mais produz pesquisas sobre o assunto. A hipertensão arterial é uma das principais causas de mortalidade global e a UCB tem se dedicado a estudar a relação entre exercício físico e saúde cardiovascular. Um dos avanços na área é o reconhecimento de que a musculação é uma importante ferramenta no tratamento da hipertensão, sendo tão eficaz quanto atividades aeróbicas para reduzir a pressão arterial.
O estudo chinês aponta que futuras pesquisas devem se concentrar no “treinamento de resistência”, “adultos”, “variabilidade da frequência cardíaca” e “hipertensão em crianças”. Essas são áreas de interesse para a comunidade científica que busca entender mais a fundo os efeitos do exercício físico no tratamento da hipertensão.
A pressão alta, também conhecida como hipertensão, é uma doença crônica que afeta a circulação sanguínea e pode causar danos aos vasos sanguíneos e a órgãos vitais, como o cérebro e o coração. Alguns sintomas comuns da pressão alta incluem zumbido no ouvido, visão embaçada, dor de cabeça, sonolência, palpitações e náuseas.
A pressão alta pode levar a problemas de saúde graves, como acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca e perda da visão. É importante suspeitar da doença e medir a pressão sanguínea regularmente em casa ou na farmácia. Além disso, a adoção de hábitos saudáveis, como exercícios físicos, alimentação equilibrada, controle do estresse, redução do consumo de álcool, manutenção do peso e controle do colesterol, pode ajudar no controle da pressão arterial.
É fundamental procurar um cardiologista ao apresentar sintomas de pressão alta. O diagnóstico precoce pode reduzir o risco de complicações cardiovasculares. Somente um especialista pode diagnosticar a hipertensão e indicar o tratamento adequado, que pode envolver o uso de medicamentos e repouso.
Se a pressão arterial permanecer elevada, acima de 140/90 mmHg após uma hora, é recomendado procurar imediatamente um hospital para receber medicamentos anti-hipertensivos intravenosos.
A hipertensão não afeta apenas os adultos, mas também pode ocorrer em crianças. A obesidade infantil, histórico familiar, falta de atividade física e uma dieta rica em sódio são fatores associados à hipertensão arterial em crianças. O tratamento inclui mudanças nos hábitos alimentares, prática de exercícios físicos e, se necessário, uso de medicamentos sob supervisão médica.