A saída de Paulo Pimenta da Secretaria de Comunicação Social para assumir o Ministério Extraordinário do Rio Grande do Sul e a demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras causaram agitação no governo Lula. As revelações dos colunistas Ricardo Noblat e Malu Gaspar surpreenderam a maioria dos ministros, que já especulam sobre uma possível reforma ministerial conduzida pelo presidente.
A queda nos lucros da estatal, anunciada recentemente, foi um dos motivos apontados para a saída de Prates, embora a decisão já estivesse em curso há algum tempo, segundo fontes. Magda Chambriard assumirá a presidência da Petrobras com o apoio de defensores de uma postura mais intervencionista. Seu respaldo inclui o PT da Bahia, entre outros.
No caso de Pimenta, a situação é distinta. É improvável que ele retorne à Secom após sua missão no Ministério Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, que deverá durar de quatro a seis meses. A nova pasta será responsável por coordenar ações no estado em colaboração com os três níveis de governo. Pimenta manterá um espaço no Planalto, mas especula-se sobre a busca de um substituto definitivo para o cargo na Secom por parte de Lula.
A semana promete ser movimentada, com Lula já realizando mudanças importantes no governo em resposta a eventos recentes, como o resultado desfavorável da Quaest. Acompanhar os desdobramentos nas próximas semanas será crucial para entender os rumos do Planalto.