Ministros e assessores ligados à área internacional do Palácio do Planalto estão atentos à tensão crescente entre Israel e Irã, intensificada após os iranianos realizarem ataques com drones e mísseis contra alvos israelenses. A expectativa no governo brasileiro é de que a situação não se agrave, principalmente devido à falta de apoio dos Estados Unidos a possíveis ações de retaliação de Israel contra o Irã.
De acordo com informações da imprensa dos EUA, o presidente Joe Biden teria deixado claro ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante uma conversa por telefone no último final de semana, que os Estados Unidos não respaldariam qualquer contra-ataque israelense. Até o momento, o Brasil emitiu apenas uma nota oficial, divulgada pelo Itamaraty, expressando “grave preocupação” diante dos recentes ataques do Irã a Israel.
O comunicado também destaca que o governo brasileiro tem alertado sobre os riscos das hostilidades crescentes no Oriente Médio desde o início do conflito na Faixa de Gaza. O Irã justificou sua ofensiva, que incluiu o lançamento de drones e mísseis contra Israel, como uma retaliação a um ataque aéreo israelense à seção consular da embaixada iraniana em Damasco, capital da Síria, ocorrido em 1º de abril.