A Polícia Civil de São Paulo solicitou à Justiça a quebra do sigilo dos celulares de três manifestantes envolvidos em confrontos na Assembleia Legislativa (Alesp). Durante a votação da proposta de privatização da Sabesp, ocorreu uma pancadaria, porém nenhum policial militar foi indiciado. Os agentes foram considerados vítimas no inquérito. A solicitação foi feita pela delegada do 27º Distrito Policial (Ibirapuera) com o objetivo de investigar a existência de uma organização criminosa formada pelos manifestantes. Os envolvidos também enfrentam acusações de resistência, desobediência e dano ao patrimônio público.
Os celulares dos manifestantes serão analisados para identificar outros possíveis autores e verificar se houve planejamento prévio do tumulto na Alesp. Caso não seja confirmada essa hipótese, os manifestantes poderão ser acusados de associação criminosa, com pena mais branda.
No dia da votação da privatização da Sabesp, houve confrontos entre manifestantes e a polícia, resultando em agressões, uso de spray de pimenta, bombas de gás lacrimogêneo e deputados retirados do plenário às pressas. Quatro pessoas foram detidas e levadas ao 27º Distrito Policial, alegando inocência e afirmando terem sido agredidas pelos policiais. Os manifestantes Hendryll Luiz Rodrigues de Brito Silva, Lucas Borges Carvente, Ricardo Senese e Vivian Mendes da Silva foram indiciados pelos incidentes.
As acusações incluem o arremesso de uma tábua que atingiu a cabeça de um soldado da PM, o lançamento de um tripé contra os policiais, desobediência e rompimento da linha da polícia. Os indiciados negam as acusações e alegam terem sido agredidos pelos policiais.
A decisão de quebrar o sigilo dos celulares espera a aprovação da Justiça e visa obter mais informações sobre a possível existência de uma organização criminosa por trás dos confrontos na Alesp.