Políticos do estado de São Paulo lamentaram a morte do ex-deputado Campos Machado, de 84 anos, que faleceu no sábado (6/1) no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde estava internado por conta de uma leucemia. O secretário estadual de Governo, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, partido ao qual Campos Machado era filiado desde agosto de 2020, escreveu uma nota de pesar, dizendo que perderam não apenas um querido amigo, mas uma lenda da política.
O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), André do Prado, destacou que Campos Machado dedicou sua vida ao parlamento paulista, tendo atuado por nove mandatos consecutivos. Paulo Fiorilo, líder da bancada do PT na Alesp, relatou que, apesar das diferenças políticas, Campos Machado deixou sua contribuição para a política paulista e brasileira. Já o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, afirmou que o ex-deputado foi um grande amigo e irmão na política, e que suas conversas e conselhos serão eternizados.
Campos Machado foi advogado formado pela Universidade de São Paulo (USP) e exerceu o cargo de deputado estadual por 36 anos, sendo considerado o principal cacique do PTB em São Paulo até 2020. Ele deixou o partido após divergências com o então presidente Roberto Jefferson devido à aproximação deste com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Posteriormente, presidiu o diretório do Avante no estado antes de se filiar ao partido de Gilberto Kassab. Durante seu tempo como deputado, Campos Machado teve quase 300 leis aprovadas, incluindo a gratuidade no transporte público para idosos acima de 60 anos.