Novidades | Por que há tanta ênfase nas fake news em detrimento das enchentes?

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Por que há tanta ênfase nas fake news em detrimento das enchentes?


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Por que há tanta ênfase nas fake news em detrimento das enchentes?

No meio da atual crise causada pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul, surge a questão: as fake news estão atrapalhando as operações de resgate e prejudicando o Estado brasileiro em sua ajuda às vítimas? Segundo a imprensa, sim, as fake news têm impacto negativo, mas até o momento não foram apresentados exemplos significativos. As histórias relatadas são pontuais, com indivíduos sendo influenciados por informações falsas nas redes sociais. A disseminação de fake news parece estar falhando em grande escala.

No entanto, é importante ressaltar duas verdades nesse contexto. Primeiramente, a sociedade civil desempenhou um papel crucial no auxílio às vítimas da inundação no Rio Grande do Sul. Sem a solidariedade e mobilização da população, dezenas de milhares de pessoas poderiam ter perdido suas vidas. A colaboração da sociedade civil, independente de alinhamentos políticos, foi essencial para complementar a ajuda estatal, que sozinha não seria capaz de lidar com a magnitude da tragédia.

Em segundo lugar, a insegurança se espalhou pelas áreas afetadas, com relatos de saques a propriedades e estabelecimentos comerciais inundados e abandonados. Essas não são questões insignificantes. Parece haver uma tentativa de distorcer a verdade para salvaguardar a imagem do Estado brasileiro e perpetuar a ideia de que a intervenção estatal é sempre a solução. O discurso partidário e ideológico busca silenciar críticas legítimas ao governo e desacreditar vozes discordantes, classificando-as como fake news.

Enquanto alguns jornalistas denunciam as fake news, também é lembrado que o governo anterior de Dilma Rousseff consultou cientistas para avaliar os impactos das mudanças climáticas no país. Esses especialistas alertaram sobre o aumento das chuvas extremas no Sul do Brasil, previsão que se concretizou. No entanto, o governo não deu o devido crédito às recomendações, pois entravam em conflito com seus interesses na construção de grandes hidrelétricas na Amazônia. A história revela as contradições e desafios enfrentados no enfrentamento das adversidades climáticas.

Após uma década, o panorama das ações preventivas em nível nacional diante da redução da vazão dos rios é questionado. Marina Silva destacou a necessidade de estabelecer uma “UTI climática”, porém, além das manchetes provocativas, qual é o plano concreto do governo para prevenir desastres climáticos?

O jornalista Sérgio Roxo, em sua entrevista com a ministra do Meio Ambiente da gestão de Lula, questionou sobre as medidas a serem tomadas. A resposta indicou que o foco agora é na mudança da abordagem da gestão de desastres para a gestão do risco. Destacou-se a falta de iniciativas preventivas desde a Rio-92, não apenas no Brasil, mas em âmbito global. O plano em vigor se concentra em preparação e adaptação a longo prazo, com uma estruturação em andamento.

Após ouvir as colocações de Marina Silva, percebe-se a dificuldade em distinguir a verdade da ficção, tornando as fake news mais atrativas. A transformação de informações reais em notícias falsas se mostra como uma urgência. Para obter mais detalhes sobre o assunto, confira todas as notas e reportagens disponíveis nesta coluna.






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