A quarta temporada de The Chosen está fazendo sucesso nos cinemas, levando muitos fãs a revisitar os primeiros anos da série na Netflix. Com o aumento da visualização dos primeiros episódios em streaming, surgiu a dúvida sobre a razão de Maria Madalena ser chamada de Lilith na produção. The Chosen é inspirada na Bíblia, mas não segue fielmente os textos sagrados, permitindo aos criadores liberdade para adicionar elementos não presentes nas escrituras, como no caso de Mateus retratado como autista na série.
Maria Madalena em The Chosen é apresentada como uma mulher que sofreu perdas e abusos, convivendo com demônios que só Jesus é capaz de exorcizar. O roteirista explica que a escolha de chamá-la de Lilith foi inspirada nas mitologias demoníacas judaicas, associando o nome à escuridão espiritual em que a personagem se encontrava. Lilith representa o desejo de Maria de se libertar do passado e rejeitar sua antiga identidade.
Maria Madalena é uma das figuras mais controversas da Bíblia, erroneamente associada a ser uma prostituta a partir do século VI. O papa Francisco tem trabalhado para corrigir esse equívoco, reconhecendo Maria como uma discípula valiosa de Jesus. Em 2016, o Vaticano instituiu a celebração litúrgica de Santa Maria Madalena, conferindo a ela a mesma importância dada aos apóstolos masculinos. Esses esforços representam um passo significativo no reconhecimento da relevância das mulheres na história bíblica.
