Possível omissão de ex-chefes de Forças pode configurar crime ao não relatar golpe

Dois ex-comandantes militares podem ter cometido crime militar ao omitirem informações sobre um suposto plano golpista do presidente Jair Bolsonaro após a eleição de 2022. Mensagens de WhatsApp obtidas pela Polícia Federal indicam que eles foram informados sobre os preparativos para o golpe. Segundo a lei militar, essa omissão pode ser considerada crime de condescendência criminosa. A operação para investigar o caso foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, enviou mensagens de áudio para o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes, sinalizando que Bolsonaro estava redigindo um decreto golpista. As mensagens foram enviadas após uma reunião no Palácio do Planalto que teve a presença de Freire Gomes e outros envolvidos no golpe. Além disso, o general Walter Braga Netto falou de forma pejorativa sobre o ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, em uma conversa com um militar amigo de Bolsonaro.

Ainda não há informações sobre eventuais investigações que possam ser conduzidas contra os ex-comandantes com base nas descobertas da PF.

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