Nesta quinta-feira, o presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Mendes, foi afastado do cargo por uma liminar da Justiça Federal de São Paulo. A decisão também incluiu a suspensão da sua remuneração até o julgamento definitivo do processo. O juiz responsável pela ação foi Paulo Cezar Neves Junior, que atendeu ao pedido feito pelo deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP), alegando que Pietro Mendes ocupava ilegalmente o cargo.
O motivo principal do afastamento foi apontado como um suposto conflito de interesses, já que Pietro também atua como secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis no Ministério de Minas e Energia. Além disso, foram citadas questões como a não observância da Lei das Estatais, a falta de uma lista tríplice para a nomeação e a ausência da contratação de uma empresa especializada para a seleção. Na semana anterior, outro conselheiro, Sergio Machado Rezende, também foi afastado pelo governo federal, pelo mesmo motivo da não apresentação de uma lista tríplice na indicação feita pela União, em desacordo com a Lei das Estatais.
O afastamento de Sergio Machado Rezende também foi motivado pelo não cumprimento do período de quarentena de 36 meses, conforme determina a lei, após sua atuação no diretório nacional do PSB. Rezende, que foi ministro da Educação e de Ciência e Tecnologia nos primeiros mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente, teve sua nomeação contestada por não seguir os critérios estabelecidos para cargos em empresas estatais.
A Agência Brasil tentou contato com a assessoria da Petrobras para obter um posicionamento oficial da empresa em relação a essa nova decisão judicial. Até o momento, não houve resposta. Com informações da Agência Brasil.
