Previsão de frio intenso agrava situação dos moradores do Rio Grande do Sul

De acordo com o meteorologista Vinícius Lucyrio, o Rio Grande do Sul enfrentará um período de frio intenso ao longo desta semana, a partir de segunda-feira (13/5) à noite, e seguindo até a manhã de quinta-feira (16/5). Há previsão de temperaturas baixas, possibilidade de geada em algumas regiões do estado, especialmente no sul e na serra, mas com gradual elevação a partir de quinta-feira.

O meteorologista também alerta para mais quedas de temperatura a partir de 17 de maio, embora menos intensas do que as registradas na terça e quarta-feira. Ele destaca que, a partir de meados de junho, a chegada do fenômeno La Niña no Oceano Pacífico pode influenciar no clima gaúcho, trazendo mais episódios de frio intenso e diminuindo a incidência de chuvas sobre o estado.

Em relação às doenças que podem surgir devido às fortes chuvas e à queda nas temperaturas, a médica pneumologista Letícia Oliveira Dias alerta para riscos como leptospirose, hepatite A e doenças respiratórias infectocontagiosas, como resfriados, gripes e pneumonias. Ela destaca que a estação de outono aumenta a propagação dessas doenças, sendo preocupante a situação de famílias em abrigos devido à possibilidade de maior transmissibilidade.

O impacto físico e emocional vivenciado pelas famílias em situações de desastres naturais pode comprometer temporariamente seu sistema imunológico, tornando crucial o acolhimento adequado dessas vítimas. É essencial estarem atentos também a possíveis riscos, como acidentes com animais peçonhentos, que podem se tornar mais comuns em áreas atingidas pela inundação.

Além disso, o esvaziamento das águas das enchentes pode agravar a propagação da dengue, uma vez que recipientes com água parada se tornam potenciais criadouros do mosquito transmissor da doença. Portanto, é importante que a população esteja vigilante e adote medidas preventivas, como evitar o contato com a água das enchentes e ficar atenta aos sintomas de doenças relacionadas.

A distribuição de máscaras de proteção para pessoas em abrigos, a manutenção da vacinação em dia e a promoção de campanhas de atualização vacinal para famílias desalojadas são ações sugeridas pela médica para mitigar os impactos na saúde das comunidades afetadas por desastres naturais.

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