Nesta última quinta-feira (9/5), a Procuradoria-Geral da República (PGR) divulgou uma denúncia apontando que a vereadora Marielle Franco foi assassinada por contrariar os interesses dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão a respeito das políticas urbanísticas e habitacionais no Rio de Janeiro.
De acordo com a PGR, os irmãos Brazão tinham interesses econômicos diretamente ligados à aprovação de normas que facilitariam a regularização do uso do solo, principalmente em áreas de milícia e loteamentos clandestinos na cidade.
A PGR alegou que as ações políticas do Psol e da vereadora Marielle Franco se tornaram um problema para os irmãos Brazão, especialmente após eventos como a divulgação do relatório final da CPI das Milícias e a contestação à eleição de Domingos Brazão como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.
O conflito entre Marielle e os Brazão teria iniciado em 2017, com a eleição da vereadora, quando ela passou a ser uma opositora ativa dos interesses econômicos dos irmãos. A eliminação de Marielle se tornou um objetivo para acabar com o obstáculo que ela representava e dissuadir outros políticos de adotarem posturas semelhantes.
A PGR apresentou denúncia contra os acusados do homicídio de Marielle Franco, incluindo Chiquinho Brazão, Domingos Brazão, Rivaldo Barbosa e Ronald Paulo de Alves Pereira. Além disso, os irmãos Brazão e o policial militar Robson Calixto Fonseca foram denunciados por organização criminosa.