A Controladoria-Geral da União (CGU) do governo Lula está buscando acesso a uma delação premiada no Supremo Tribunal Federal (STF). A delação feita pelo advogado Alexandre Romano, conhecido como Chambinho, menciona um suposto pagamento de propina ao líder do governo Lula na Câmara, deputado José Guimarães, do PT do Ceará. A CGU está interessada em utilizar essa delação para investigar as empresas Maxivalue Projetos e Consultoria Ltda. e LDM Brasil Desenvolvimento de Negócios Ltda., suspeitas de terem pagado vantagens indevidas a agentes públicos do Banco do Nordeste em troca da liberação de recursos para empreendimentos no setor de energia. A delação de Romano é considerada “fundamental” pela CGU nessa investigação. A Procuradoria-Geral da República informou que o inquérito contra José Guimarães, no qual a solicitação de acesso à delação foi feita, contém apenas um dos 23 termos de colaboração do delator.
A ministra Cármen Lúcia é a relatora de um processo que envolve uma delação. O líder do governo na Câmara, José Guimarães, foi questionado sobre o interesse da CGU nessa delação e no caso dos empréstimos do Banco do Nordeste, mas preferiu não comentar, alegando que não fala sobre casos já decididos pelo STF.