Neste domingo (17/3), foi confirmada a reeleição do presidente russo Vladimir Putin, que obteve cerca de 88% dos votos. Com essa vitória, Putin permanecerá no cargo até 2030, completando assim mais cinco anos de mandato.
As eleições ocorreram ao longo de três dias, com as urnas abertas desde sexta (15/3). O processo eleitoral se estendeu até territórios ocupados na Ucrânia e na Transnístria, uma região separatista da Moldávia pró-Rússia.
Os únicos adversários de Putin nas eleições foram Nikolai Kharitonov, do Partido Comunista; Leonid Slutsky, do Partido Liberal Democrata; e Vladistav Davankov, do Novo Partido Popular, todos considerados “amigáveis” ao Kremlin por indicação do próprio presidente.
O presidente russo está no poder há 24 anos, sendo o mandatário que permaneceu por mais tempo no cargo desde Josef Stalin, que governou por 30 anos.
O pleito foi marcado por forte repressão aos opositores. Líderes como Alexei Navalny, que faleceu recentemente em uma prisão russa no Ártico, encontravam-se impedidos de concorrer. Outros candidatos, como Boris Nadezhdin, tiveram suas candidaturas rejeitadas pelas autoridades, levantando questionamentos sobre a transparência do processo eleitoral.
A viúva de Navalny, Yulia Navalnaya, tem se posicionado como uma voz de oposição, pedindo aos russos que votem em candidatos que não sejam Putin ou que escrevam o nome de Navalny na cédula. A morte de Alexei Navalny desencadeou críticas e mobilizações por parte da oposição ao governo atual.