Uma recente descoberta da ONG norte-americana traz à tona mais uma preocupação sobre alimentos industrializados. Além dos conservantes e componentes químicos nocivos à saúde, agora sabemos que os alimentos também podem conter plastificantes indesejáveis. Esses “passageiros clandestinos” são substâncias como os ftalatos e os bisfenóis, conhecidos como BPA.
Embora muitas pessoas estejam cientes de que esses componentes são tóxicos para o organismo, o que poucos sabiam é que eles também podem estar presentes em diversos alimentos. A ONG encontrou quantidades alarmantes de plastificantes em fast-foods, iogurtes, hambúrgueres, nuggets e até mesmo comida para bebês. Essas substâncias são adicionadas ao plástico para torná-lo mais flexível e durável, mas mesmo em pequenas quantidades, têm sido relacionadas a vários problemas de saúde.
A ONG realizou investigações ao longo dos últimos 25 anos e, em seus novos testes, descobriu que pelo menos 84 de cada 85 alimentos em supermercados e fast-foods continham esses plastificantes preocupantes. É importante ressaltar que nenhum dos níveis encontrados excedeu os limites estabelecidos pelos órgãos reguladores dos Estados Unidos e da Europa.
No entanto, os ftalatos e bisfenóis podem causar disfunções hormonais, assim como aumentar o risco de câncer, diabetes, infertilidade, distúrbios do desenvolvimento neurológico, obesidade e outras complicações de saúde. Diante disso, a ONG está solicitando aos órgãos reguladores que reavaliem a segurança dos plásticos que entram em contato com alimentos durante a produção.
Em seu estudo, a ONG também revelou que 79% das amostras de alimentos analisadas continham bisfenol A, um produto químico comumente encontrado no plástico, além de outros tipos de bisfenol, embora em níveis mais baixos do que os registrados em testes anteriores realizados em 2009.
Essa descoberta nos leva à conclusão de que é importante descascar mais e desembalar menos para manter nossa saúde em dia. Devemos estar atentos ao consumo excessivo de alimentos industrializados, que podem conter essas substâncias prejudiciais à saúde.
Fonte: Thaiz Brito, nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica.