Revelações em mensagens indicam planejamento prévio e atos de vandalismo ocorridos em 8/1

A invasão nas sedes dos Três Poderes que constituem a democracia no Brasil não foi um acaso. Os atos antidemocráticos começaram a ser planejados meses antes do dia 8 de janeiro, que resultou em 1,5 mil extremistas presos.

De acordo com um relatório sobre os atos, elaborado no período de intervenção federal no Distrito Federal, um marco para o início desse enredo foi a ocupação do Quartel-General do Exército em novembro de 2022. A Praça dos Cristais, no Setor Militar Urbano, serviu como ponto de acampamento para os golpistas.

O Supremo Tribunal Federal foi um dos alvos mais prejudicados durante a invasão. A presença de extremistas negando o resultado das eleições foi aumentando ao longo do tempo, culminando nos atos de 8 de janeiro em Brasília.

A presença desses extremistas no Quartel-General do Exército em novembro já havia anunciado diversos dias de intervenção federal, convocados por redes sociais. Esses atos foram realizados em meio à falta de posicionamento de Jair Bolsonaro.

O documento indica que os acampamentos proporcionaram apoio logístico e um local de concentração para os manifestantes que se deslocaram a Brasília para essas ações. Os bolsonaristas no local pediam intervenção federal e se recusavam a aceitar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Com comida, barracas e banheiros químicos, alguns dos presentes pretendiam acampar no local até que as Forças Armadas tomassem medidas. Os militares do Exército atuaram para proteger as dependências do Quartel-General e evitar qualquer tentativa de invasão.

No sábado de 31 de dezembro de 2022, um grupo de bolsonaristas se reuniu em Brasília em frente ao Quartel-General do Exército. Eles demonstraram descontentamento com a viagem do presidente derrotado para os Estados Unidos. Apesar de terem chegado a reunir 2,5 mil pessoas por dia, o número de participantes caiu para menos de 200 no último dia.

De acordo com um relatório sobre os atos, foram registrados 73 crimes, incluindo crimes contra honra, furtos e lesões corporais. Três dias após a posse do presidente Lula, os grupos prometeram realizar um novo ato em Brasília, com o objetivo de invadir a capital federal. Eles planejaram cercar Brasília e paralisar todas as atividades, causando caos e interrompendo o trabalho de todos.

Áudios obtidos revelaram a intenção dos manifestantes de se prepararem para a violência, com o objetivo de invadir o Congresso Nacional. Eles mencionaram levar tiros de borracha e planejaram fechar o Congresso com objetos como pau, martelo e prego gigante. A intenção era negociar a destituição dos Poderes e realizar novas eleições.

Apesar das ameaças e planos de ação, é importante destacar que a segurança e a ordem pública foram mantidas, e a normalidade prevaleceu na Esplanada dos Ministérios.

A polícia enfrentou desafios durante um protesto violento em janeiro de 2023. Manifestantes danificaram um carro e agrediram um passageiro durante a marcha. Um manifestante foi detido com armas próximas ao Ministério da Defesa. Mais tarde, os golpistas invadiram o Congresso Nacional, resultando em depredação e caos. Centenas de pessoas foram detidas ou presas, e as autoridades conseguiram conter os ataques.

Os manifestantes receberam orientações sobre como minimizar os efeitos do gás lacrimogêneo utilizado pela polícia para dispersar multidões violentas. Além disso, foram detidos bolsonaristas com materiais para confronto, que confirmaram intenção de invadir o Congresso Nacional.

O saldo do protesto incluiu 1,5 mil pessoas detidas ou presas, sendo 209 em flagrante, enquanto cerca de 1,2 mil extremistas foram interrogados. As cenas de violência e desrespeito com o poder público foram registradas e contidas pela polícia. Para se manter informado sobre os acontecimentos no Distrito Federal, é possível acompanhar o perfil do Metrópoles DF no Instagram e receber notícias através do canal no Telegram. Denúncias e sugestões de reportagens podem ser feitas pelo WhatsApp do Metrópoles DF.

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