Sete deputados federais do Partido Liberal (PL), ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, votaram a favor da manutenção da prisão de Chiquinho Brazão, acusado de envolvimento no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco. Essa decisão vai contra a orientação do partido, que havia pedido que os parlamentares da legenda votassem contra a detenção de Brazão.
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, por 277 votos favoráveis, 129 contrários e 28 abstenções, a continuidade da prisão de Brazão. Além dos sete deputados do PL que votaram a favor da detenção, outros cinco se abstiveram na votação.
Brazão foi preso em março pela Polícia Federal sob a acusação de mandar matar a vereadora Marielle Franco e atrapalhar as investigações do crime. A decisão do plenário ocorreu após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovar o relatório favorável à prisão de Brazão.
As imagens da sessão no plenário da Câmara dos Deputados mostram a votação que definiu o destino de Chiquinho Brazão, com a presença do deputado Darci de Matos, relator do processo na CCJ, e de outros parlamentares presentes para as deliberações a respeito do caso.
Um deputado federal do Rio de Janeiro, acusado de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco, teve seu destino decidido durante uma votação no plenário da Câmara dos Deputados. A maioria absoluta de 257 deputados seria necessária para manter a prisão do deputado. Alguns blocos liberaram suas bancadas, e votaram a favor da prisão os partidos PT, PV, PCdoB, PSol, Rede e PSB.
A prisão do deputado foi decretada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes e posteriormente confirmada pela Primeira Turma do Supremo. Por ser parlamentar, o deputado tem imunidade civil e penal, exceto em casos de prisão em flagrante por crime inafiançável. A decisão da Suprema Corte foi submetida à análise da Câmara dos Deputados. Alguns partidos mostraram resistência à prisão, alegando potencial de precedentes futuros e argumentando que a detenção não foi em flagrante.
A discussão sobre a prisão do deputado dividiu opiniões entre o Centrão e a oposição, refletindo a complexidade do tema. A questão levanta debates sobre os limites da imunidade parlamentar e a necessidade de garantir a integridade do mandato legislativo. O desdobramento desse caso evidencia a importância da análise criteriosa das decisões que envolvem parlamentares, buscando a manutenção do equilíbrio institucional e o respeito à democracia.