SPTrans toma controle de ônibus de empresas suspeitas de ligação com o PCC

Nesta terça-feira (9/4), a SPTrans informou que os serviços de ônibus na cidade de São Paulo estão operando normalmente, apesar da decisão judicial que suspendeu as atividades da Transwolff e da Upbus, responsáveis por linhas nas zonas leste e sul. As empresas estão sendo investigadas pelo Ministério Público de São Paulo, com quatro de seus dirigentes presos sob suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A justiça determinou que a SPTrans assuma as linhas das duas companhias.

Juntas, Transwolff e Upbus transportam cerca de 15 milhões de passageiros por mês na capital paulista. A Transwolff possui uma frota de 1.100 ônibus e recebe R$ 15 milhões da prefeitura. Enquanto a Upbus, com 140 ônibus, recebe aproximadamente R$ 1,6 milhão mensais.

A operação realizada resultou na prisão de três pessoas, incluindo Luiz Carlos Efigênio Pandolfi, conhecido como Pandora e proprietário da Transwolff, Robson Flares Lopes Pontes, dirigente, e Joelson Santos da Silva, sócio da empresa. Também foi preso Hélio Rodrigues dos Santos por porte ilegal de arma de fogo, de acordo com o Ministério Público.

As investigações mostram que as empresas estavam sendo utilizadas pelo PCC para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Desde 2022, ao menos quatro companhias de ônibus operando nas zonas leste e sul de São Paulo estão sob suspeita das autoridades. Algumas delas já foram alvo de operações policiais, com dirigentes presos sob acusações de colaboração com a facção criminosa no combate pelo controle das empresas e pela lavagem de dinheiro.

Uma operação do Denarc em 2022 resultou no bloqueio de bens ligados a membros do alto escalão do PCC, incluindo Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, um dos principais fornecedores de drogas e armas da facção. Ele foi morto em 2021.

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