Um indivíduo identificado como falso advogado, Ruy Rodrigues Santos Filho, está envolvido em diversos casos de fraude e golpes no Distrito Federal. Ele é apontado como presidente do Banco Agro, uma instituição financeira suspeita de enganar e prejudicar milhões de pessoas que depositavam confiança em seus negócios.
O Banco Agro possui sede na Asa Sul, além de três filiais pelo país, e teve sua última alteração no CNPJ registrada em 2021. Ruy Rodrigues já possuía histórico de processos e investigações por estelionato antes desse caso, operando golpes por meio de outras empresas. Através de promessas de lucro em investimentos, o suposto estelionatário levou clientes a entregar bens como carros, casas, e fazendas, resultando em dívidas que os afundaram.
Com habilidades persuasivas, Ruy conseguiu extorquir dinheiro de empresários, fazendeiros, servidores públicos e até mesmo induziu um secretário do Governo do Distrito Federal a gravar um vídeo elogiando as práticas do banco. As fraudes do Banco Agro foram reveladas por meio de uma reportagem, expondo o modus operandi do suspeito. Em Brasília, Ruy enfrenta pelo menos 13 processos, incluindo inquéritos da Polícia Civil local por estelionato.
Embora Ruy se apresentasse como advogado, não há registro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que o respalde, o que levanta suspeitas sobre o exercício ilegal da profissão. Recentemente, uma ordem de despejo foi emitida contra ele por falta de pagamento de aluguel e taxas relacionadas ao Banco Agro, que não cumpre suas obrigações financeiras desde fevereiro de 2023.
Além disso, Ruy e o Banco Agro foram condenados a devolver R$ 1 milhão a dois fazendeiros que alegam terem sido ludibriados sob um contrato de licença de uso da marca e modelo de negócio da instituição. Eles acusam a empresa de problemas desde o início de suas operações, prejudicando clientes e suspendendo pagamentos acordados.
Ruy Rodrigues Santos Filho também é identificado como sócio em seis empresas ativas no Distrito Federal, segundo consta no portal Transparência BR. Empresas como Mendes Santos Associados, Tozzini e Rodrigues Associados, Agro Nutri Commodities LTDA, Bela Vista Agrícola Companhia Brasileira de Commodities LTDA e Fiagro Fundo de Investimento Agrícola LTDA estão associadas a ele.
Recentemente, um mandado de liberdade provisória foi concedido a Ruy pela Justiça do DF, em um caso no qual ele é acusado de enganar uma vítima, se passando por advogado e oferecendo negociações fraudulentas. Apesar da oposição do Ministério Público local à liberdade do acusado, o tribunal determinou sua soltura em fevereiro deste ano.
Recentemente, um golpista foi alvo de mandados de prisão e envolvido em esquemas fraudulentos na região do Distrito Federal. Em um dos casos, a vítima perdeu um imóvel no Gama, enquanto em outro, um mecânico foi enganado em uma transação imobiliária em Águas Claras.
O golpista, identificado como Ruy, também foi alvo de investigações por outros crimes passados, incluindo um mandado de prisão temporária em Taguatinga. No entanto, ele conseguiu relaxar a ordem de prisão após 15 dias. Além disso, manipulou outra vítima em um acordo de compra de um apartamento, resultando em perdas financeiras significativas para a pessoa enganada.
Uma servidora pública, Ana Moura, relatou ter sido vítima de Ruy desde 2009, sofrendo intensos golpes financeiros e “torturas psicológicas”. Ela foi convencida a realizar transações que resultaram em problemas legais e financeiros, deixando-a em uma situação difícil até os dias atuais.
O golpista também demonstrou habilidade em persuadir figuras públicas, como um ex-secretário de Agricultura, a participar de eventos e gravações em apoio às suas atividades fraudulentas. A capacidade de convencimento de Ruy trouxe consequências desastrosas para as vítimas envolvidas nos esquemas ilegais em que ele estava inserido.
Um ex-secretário, atual diretor-presidente de uma empresa de terras rurais, foi parabenizado publicamente por uma visita ao Banco Agro. Questionado sobre a ligação com a empresa, ele enfatizou que acreditava se tratar de uma instituição séria para impulsionar o agronegócio, mas negou qualquer vínculo após um episódio controverso envolvendo calote em investidores.
A Secretaria de Agricultura também se pronunciou, afirmando não ter conhecimento da denúncia referente à empresa privada, destacando que parcerias são submetidas a avaliações rigorosas. Ainda explicou que o contato ocorreu em um evento agropecuário onde o Banco Agro se apresentou como alternativa de financiamento para produtores rurais diante das limitadas opções existentes.
Tentativas de contato com envolvidos, incluindo Ruy Rodrigues e o Banco Agro, não obtiveram resposta. Em nota oficial, a instituição bancária esclareceu que atua como fintech, oferecendo serviços digitais e administrativos para pequenos e médios produtores, sem gerenciamento de recursos em contas de clientes. Negando acusações de golpes, atribuiu os conflitos a disputas societárias e contratuais em andamento judicial.
Aspectos de confidencialidade e privacidade e assuntos de natureza pessoal não devem ser divulgados publicamente de forma impessoal, muitas vezes usados de maneira injusta por partes opostas. Questões legais devem ser resolvidas nos tribunais, exigindo análise cuidadosa com garantias de defesa e contraditório.
A empresa confia no sistema judicial brasileiro e reafirma seu compromisso inquestionável com a legalidade de suas operações, oferecendo soluções digitais inovadoras para o desenvolvimento do agronegócio. O banco Agro, como outros digitais, visa apoiar pequenos e médios produtores, trabalhando para facilitar transações comerciais.
Em relação a um programa específico, a empresa esclarece que ofereceu suporte aos produtores através do método “Crédito como Serviço (CaaS)”, subsidiando seus projetos. Não houve intenção de fraude, pois os valores foram repassados aos produtores, não à empresa. Não há envolvimento de recursos públicos ou de clientes.
Quanto a processos pessoais do Sr. Ruy, empresário e advogado, a defesa esclarece que a maioria das situações foi resolvida a seu favor, destacando enfrentamento de ameaças e interesses financeiros escusos. Os casos estão sendo tratados judicialmente, com acordos homologados e reconhecimentos de injustiças contra o empresário, sem envolvimento em crimes ou prisões como alegado.