O Tribunal de Justiça de São Paulo negou um pedido de soltura para o jornalista Marcelo Carrião, preso por tráfico de drogas e associação criminosa em Santos, no litoral sul de São Paulo. A 4ª Câmara de Direito Criminal decidiu manter a prisão, afirmando que não há dúvidas sobre a participação do suspeito nos crimes. Marcelo e outras oito pessoas foram detidas em flagrante pela Polícia Civil de Santos, sendo que ele é apontado como um dos fornecedores de drogas para um serviço de entrega em bairros nobres da cidade.
Em uma audiência de custódia, a prisão de Marcelo foi convertida em prisão preventiva. A defesa do jornalista alegou, ao pedir um habeas corpus, que ele não conhecia os outros envolvidos e que a droga encontrada em sua casa era para consumo pessoal. Porém, a relatora do caso, desembargadora Fátima Vilas Boas, fundamentou a decisão citando conversas no WhatsApp entre Marcelo e outros suspeitos, além de comprovantes de transferências via Pix, reforçando o envolvimento do jornalista nos crimes.
Fátima Vilas Boas destacou que o objetivo do habeas corpus não é questionar o valor das provas, mas sim analisar se há ilegalidade na prisão preventiva. A decisão da câmara foi manter a prisão de Marcelo Carrião. O caso gerou repercussão, principalmente devido à carreira do jornalista, que teve passagens por várias emissoras de televisão, destacando-se na cobertura de temas como polícia, cotidiano e esporte.