TSE altera sistema de registro partidário em resposta à suposta “filiação” de Lula ao PL

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançará em fevereiro um sistema de filiação partidária com dupla autenticação. Essa atualização do Sistema de Filiação Partidária, chamado Filia, utilizará o segundo fator de autenticação, usando o e-Título. Recentemente, um problema envolvendo a filiação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) resultou na abertura de um inquérito pela Polícia Federal. Para mudar de partido atualmente, é necessário ter uma senha especial cadastrada na Justiça Eleitoral. No caso de Lula, foi descoberto que a senha utilizada para a mudança pertencia à advogada Ana Daniela Leite e Aguiar, do Partido Liberal (PL), mas ainda não se sabe se ela mesma fez a alteração ou se outra pessoa usou seu cadastro. Devido a esse incidente, o TSE decidiu antecipar o lançamento do novo sistema, que exigirá também o uso do e-Título com biometria para confirmar o acesso ao Filia. Isso significa que todos os usuários com senhas no sistema terão que ter suas impressões digitais registradas na Justiça Eleitoral. A autenticação em dois fatores adiciona uma camada extra de segurança ao sistema, exigindo que o representante do partido insira uma informação adicional além da senha ao acessar o Filia. Essa informação será confirmada por meio do aplicativo da Justiça Eleitoral. O TSE espera que essa atualização melhore a segurança dos dados dos eleitores filiados a partidos políticos no Brasil.

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