Ucrânia e Rússia realizaram uma expansiva troca de prisioneiros de guerra, descrita como a maior desde o início do conflito. Mais de 200 soldados e civis de cada lado foram libertados, após complexas negociações intermediadas pelos Emirados Árabes Unidos.
Desde o começo da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, as duas partes já realizaram diversas trocas, mas o processo estava estagnado desde agosto do ano passado.
Ao longo das declarações quase simultâneas da Rússia e Ucrânia, ambos os países anunciaram o retorno de seus combatentes. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, comemorou o retorno de mais de 200 soldados e civis ucranianos das prisões russas e afirmou que alguns dos prisioneiros estavam anteriormente relacionados como desaparecidos.
Os prisioneiros ucranianos libertados são provenientes de diferentes setores das Forças Armadas e incluem alguns dos que combateram durante o cerco à siderúrgica Azovstal, em Mariupol, onde foram capturados pelos russos em maio de 2022, após três meses de resistência.
O Ministério da Defesa russo informou que 248 membros das Forças Armadas retornaram ao país, enquanto Kiev relatou a chegada de 230 pessoas, sendo 224 soldados e seis civis.
Apesar da troca de prisioneiros, as negociações de paz continuam distantes e a Rússia continua intensificando os ataques nas frentes de batalha. O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu reforçar a ofensiva no país vizinho após um ataque ucraniano sem precedentes a Belgorod no fim de semana.
A troca de prisioneiros foi possível graças às “fortes relações de amizade” dos Emirados Árabes Unidos com os dois países. O país árabe se ofereceu para ajudar nos esforços humanitários e buscar uma solução pacífica para o conflito que já dura 22 meses.