Zagallo, o último remanescente da seleção campeã mundial de 1958

Mario Jorge Lobo Zagallo, ex-treinador e ex-jogador de futebol, faleceu nesta sexta-feira (5/1) no Rio de Janeiro. Ele foi um dos jogadores que fez parte da Seleção Brasileira campeã em 1958, na Suécia, e ajudou a transformar a forma como o futebol era visto no mundo.

Zagallo foi o último titular vivo da equipe que venceu os donos da casa na final por 5 x 2. Ele é o único tetracampeão mundial na história do futebol, com títulos de Copas em 1958 e 1962 como jogador, e em 1970 e 1994 como treinador. Na final de 1958, Zagallo marcou seu único gol na Copa.

A equipe de 1958, comandada pelo técnico Vicente Feola, era composta por Gylmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando, Nilton Santos, Zito, Didi, Garrincha, Vavá, Pelé e Zagallo. Infelizmente, ao longo dos anos, alguns dos companheiros de Zagallo também faleceram.

O falecimento de Zagallo foi confirmado pelo seu perfil oficial no Instagram.

Zagallo, nascido em Maceió em 1931, é considerado uma das maiores personalidades do futebol brasileiro. Desde criança, ele era apaixonado por esportes, mas precisou convencer seu pai, com a ajuda de seu irmão, de que tinha talento para o futebol. Após obter a aprovação do pai, Zagallo

Um dos grandes nomes do futebol brasileiro, Zagallo, teve uma carreira repleta de conquistas e feitos. Ele começou sua trajetória no clube América, onde jogou nas divisões amadoras e também se aventurou no vôlei e no tênis de mesa, ganhando títulos juvenis neste último esporte. Em 1949, ajudou o América a conquistar o Torneio Início do Campeonato Carioca.

No ano seguinte, Zagallo transferiu-se para o Flamengo e foi parte fundamental da equipe que conquistou o tricampeonato carioca em 1953, 1954 e 1955, além de outros títulos. Sua fama o levou a ser convocado para a Copa do Mundo de 1958, quando o Brasil conquistou seu primeiro título mundial.

Zagallo assinou com o Botafogo em 1958, e lá ele foi bicampeão carioca, conquistou a Taça Brasil e jogou ao lado de grandes nomes como Garrincha, Nilton Santos e Didi. Quatro anos depois, ele foi novamente convocado para a Copa do Mundo, e o Brasil conquistou o bicampeonato.

Aos 35 anos, em 1966, Zagallo iniciou sua carreira como treinador, depois de encerrar sua carreira como jogador. Ele dirigiu diversos clubes brasileiros, como Botafogo, Flamengo, Vasco, Fluminense, Bangu, Portuguesa, e também treinou o Al-Hilal, da Arábia Saudita. Além disso, trabalhou como treinador da Seleção Brasileira, da Seleção do Kuwait, da Seleção Saudita e da Seleção dos Emirados Árabes Unidos.

Em 1970, enquanto treinador da Seleção Brasileira, Zagallo conquistou o tricampeonato da Copa do Mundo, tornando-se uma das poucas pessoas a ganhar o torneio tanto como jogador quanto como treinador. Ele também teve sucesso como coordenador técnico da Seleção, vencendo duas edições da Copa das Confederações, dois títulos Sul-Americanos e diversos outros títulos.

Ao longo de sua carreira, Zagallo acumulou um total de 99 vitórias, 10 derrotas e 26 empates em 135 jogos como treinador principal da seleção brasileira. Treinando a seleção olímpica, obteve 14 vitórias, duas derrotas e três empates em 19 partidas. Como coordenador técnico, esteve presente em 72 jogos, com 39 vitórias, 25 empates e oito derrotas.

Em 1997, durante a Copa América na Bolívia, Zagallo desabafou para os jornalistas com uma frase que ficou marcada na memória de todos: “Vocês vão ter que me engolir”. Mesmo após um desempenho quase perfeito no campeonato, suas palavras se tornaram emblemáticas.

Um icônico ex-treinador de futebol recentemente foi hospitalizado devido a problemas de saúde. Aos 90 anos, Zagallo foi diagnosticado com uma infecção respiratória, mas felizmente os médicos conseguiram controlar sua condição. A notícia foi recebida com alívio, considerando sua idade avançada.

Zagallo também é conhecido por sua vida pessoal. Ele é pai de quatro filhos e foi casado por 57 anos até a morte de sua esposa em 2012. Seu legado vai além do futebol, sendo descrito como um pai devotado, avô amoroso, sogro carinhoso, amigo fiel, profissional vitorioso e grande ser humano. Ele deixou um legado de grandes conquistas para o esporte e é considerado um ídolo gigante e um patriota. Sua história inspiradora será sempre lembrada.

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